ENA - Energy and Environment Agency of Arrábida
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“Maletas da Sustentabilidade”

A sustentabilidade deixou de ser uma opção e passou a ser uma prioridade. A educação para a sustentabilidade é, neste sentido, uma importante estratégia na formação de cidadãos conscientes e ativos na proteção do capital natural, sendo a população escolar um grupo-alvo de especial importância.

O projeto “Maletas da Sustentabilidade” pretende desenvolver e implementar um conjunto de ferramentas (físicas e virtuais), dirigidas à população escolar (pré-escolar, primeiro, segundo e terceiro ciclos), que permitirão, às escolas-alvo do projeto trabalhar temáticas relevantes no atual contexto da sustentabilidade, dotando professores e alunos de conhecimento e competências necessárias à transição para um estilo de vida sustentável com benefícios económicos, sociais e ambientais para a comunidade. Este projeto, numa fase inicial, destina-se às escolas dos concelhos de Setúbal, Palmela e Sesimbra, que se encontram ligadas através de um património natural que lhes é comum - a Serra da Arrábida.

"Maletas da Sustentabilidade" - ENA vê aprovado mais um projeto para a região da Arrábida

Seminário "Recursos Pedagógicos aplicados à Educação para a Sustentabilidade"

Fernanda Pésinho alerta para o aumento das alterações ambientais

ENA distribui "Maletas da Sustentabilidade" em Setúbal, Palmela e Sesimbra

ENA distribui "Maletas da Sustentabilidade" pelas escolas

Apresentação "Maletas da Sustentabilidade"

Setúbal - Salvar o planeta com uma maleta

Agência de Energia e Ambiente de Arrábida vê três projetos europeus aprovados

Projecto Maletas da Sustentabilidade promove nova interação com meio ambiente

Junte a Sua à Nossa Energia

Inaugurado em Setúbal o Jardim Multissensorial das Energias

Energia para os sentidos

Jardim Multissensorial das Energias em Setúbal

Eficiência Energética nas escolas - Palmela recebe lâmpadas do projeto EduLux.

ENA implementa projeto EduLux em escolas de Palmela, Setúbal e Sesimbra

Iluminação: EduLux - eficiênia energética nas escolas básicas

Mobilidade sustentável e economia circular debatidas pela ENA e municípios no Chipre

ENA e municípios debateram mobilidade sustentável e economia circular no Chipre

ENA e Gaia Education coorganizaram formação sobre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável

Os novos órgãos sociais da ENA tomam posse para o período 2019 - 2022

Sérgio Marcelino é o novo presidente da Agência de Energia e Ambiente da Arrábida

Cidades pedem um futuro europeu mais sustentável e equitativo

Setúbal, Palmela e Sesimbra unem-se a mais de 200 câmaras europeias para exigir ao Conselho Europeu metas climáticas mais ambiciosas até 2050

Evento Final da Medida “GaME – Ganha a Melhor Escola”

A S.ENERGIA – Agência Regional de Energia para os concelhos do Barreiro, Moita, Montijo e Alcochete promoveu no passado 22 de maio o evento final da medida GaME, que juntou cerca de 200 pessoas, entre alunos, professores, Agências de Energia parceiras do projeto e convidados, no Fórum Cultural José Manuel Figueiredo, na Baixa da Banheira, concelho da Moita.

A manhã foi preenchida com os alunos vindos de 20 escolas de vários pontos do país a percorrerem um conjunto diversificado de jogos interativos sobre a temática da energia e do ambiente e jogos exteriores se estenderam ao Parque José Afonso organizados pelas Agências Parceiras. No período da tarde, os presentes foram recebidos no auditório do Fórum Cultural pelo Presidente da Câmara Municipal da Moita, Rui Garcia e pelo Presidente do Concelho de Administração da S.ENERGIA, Miguel Canudo, numa sessão onde as agências parceiras desta medida apresentaram a alunos e professores alguns dos seus projetos dedicados à comunidade escolar.

O momento de maior entusiasmo aconteceu com o anúncio dos premiados da segunda edição do GaME, com a presença dos professores e alunos que aceitaram o nosso desafio de, através de um jogo online, realizar uma auditoria energética à sua escola, colocando os alunos a participar em todos os passos do processo, desde a identificação das características construtivas dos edifícios, identificação dos equipamentos consumidores de energia, identificação das práticas de utilização energética na escola, e por fim, na elaboração de plano de melhoria para a sua escola, propondo às direções das escolas e agrupamentos a implementação de medidas tangíveis e implementado as medidas de sensibilização que eles próprios desenvolveram.

A classificação final desta segunda edição do GaME foi a seguinte:

01º Escola Profissional Bento de Jesus Caraça (AMESEIXAL)

02º Agrupamento de Escolas da Lousã (AREAC)

03º Agrupamento de Escolas Nº 3 de Elvas (AREANATejo)

04º Agrupamento de Escolas Lima de Freitas (ENA – Agência de Energia e Ambiente da Arrábida)

05º Escola Secundária José Afonso (AMEAL)

06º Escola básica José Afonso, Alhos Vedros (S.ENERGIA)

No total, participaram, nesta segunda edição da Competição GaME, 36 equipas de todo o país, com um total de 223 alunos e 43 professores envolvidos. Cada um dos primeiros classificados recebeu um prémio que se traduz em medidas de eficiência energética para a sua escola.

Encerrada a competição “Ganha a Melhor Escola”, a medida GaME ainda não terminou. Nas próximas semanas estaremos a trabalhar com o parceiro tecnológico no desenvolvimento do Ee2, uma ferramenta de livre acesso para o setor residencial, em que todos poderão realizar nas suas habitações auditorias energéticas do mesmo modo que os alunos aprenderam a fazer nas suas escolas.

Este evento integrou-se nas atividades da Semana Europeia da Sustentabilidade organizada pela Comissão Europeia (EUSEW 2019), em colaboração com a ADENE – Agência para a Energia e a RNAE – Associação das Agências de Energia e Ambiente.

O “GaME – Ganha a Melhor Escola” é uma medida promovida pela S.ENERGIA e apoiada pelo PPEC – Plano de Promoção na Poupança de Consumo de Energia Elétrica da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), e tem como parceiros a ADENE – Agência para a Energia, AGENEAL – Agência Municipal de Energia de Almada, AMEAL – Agência Municipal de Energia e Ambiente de Loures, AMESeixal – Agência Municipal de Energia do Seixal, AREAC – Agência Regional de Energia e Ambiente do Centro, AREANATejo – Agência Regional de Energia e Ambiente do Norte Alentejano e Tejo, Cascais Ambiente – Empresa Municipal de Ambiente de Cascais, ENA – Agência de Energia e Ambiente da Arrábida e a ENERAREA – Agência Regional de Energia e Ambiente do Interior.

Na página web http://www.ganhaamelhorescola.pt pode ser consultada mais informação sobre este projeto.

Ambiente mexe com a península

Escolas, autarquias e instituições celebram hoje o Dia Mundial do Ambiente, umas com iniciativas direccionadas especificamente para esta data, enquanto outras terminam agora um programa que está a decorrer desde o mês passado.

É o caso de Almada que começou a comemorar a Semana Verde a 22 de Maio e termina hoje no Teatro Municipal Joaquim Benite com o Fórum 21 da Criança: O Parlamento dos Pequenos Deputados, entre as 10h00 e as 12h30. As crianças de várias escolas do concelho apresentam ao executivo municipal as suas preocupações, sugestões e desejos para o futuro de Almada e do Planeta.

Por seu lado Palmela assinala este dia com a apresentação da Campanha Ambiente e a assinatura do Protocolo de Colaboração com a empresa Azimuthbenefit, com vista à instalação de cinco postos de carregamento de veículos elétricos no concelho, vai ser na Biblioteca Municipal.

Enquanto isso, Setúbal vai receber o Selo Verde, atribuído pela Agência de Energia e Ambiente da Arrábida (ENA) como reconhecimento ao município por estimular as boas praticas ambientais.

Os resultados e a atribuição do Selo Verde são conhecidos hoje, às 10h00, no Parque do Bonfim, sendo que a certificação tem atualmente 18 entidades candidatas, entre sete empresas, três juntas de freguesia, sete escolas e uma coletividade.

Juntamente com o Selo Verde, a organização atribui às juntas de freguesia um apoio financeiro “até 3 000 euros”, e aos estabelecimentos de ensino de “até 1 500 euros” para a “implementação de medidas amigas do ambiente, como arranjos de espaços verdes e instalação de sistemas de iluminação de baixo consumo”, indica informação da autarquia.

Às empresas e coletividades que recebam o Selo Verde “é assegurada, de forma ampla, a divulgação e promoção da atribuição da certificação em canais comunicacionais da autarquia, nomeadamente em plataformas digitais, materiais promocionais e eventos de caráter turístico e ambiental”.

Selo Verde ‘carimba’ Setúbal

A cerimónia de hoje inclui ainda o hastear da bandeira do Selo Verde, o lançamento da 2.ª edição do Selo Verde e a apresentação da nova edição do Guia de Boas Práticas Ambientais, documento de consulta rápida e com linguagem simples, que fornece um conjunto de recomendações úteis de preservação do meio ambiente.

O Parque do Bonfim vai ainda receber o jogo gigante das Maletas da Sustentabilidade, projeto desenvolvido pela ENA, que desafia os mais novos sobre as 17 “Metas do Planeta”, em formato de perguntas com três possibilidades de resposta.

O Selo Verde – Certificado de Qualidade Ambiental do Município de Setúbal, implementado numa parceria com a ENA – Agência de Energia e Ambiente da Arrábida, resulta da adesão da autarquia ao Pacto de Autarcas, compromisso assumido pelos municípios de vários países europeus para a implementação, a nível local, de políticas e medidas que contribuam para a preservação e sustentabilidade do meio ambiente.

Atribuído gratuitamente, esta distinção tem como objetivo o reconhecimento de práticas e ações que promovam a qualidade ambiental, nomeadamente quanto à gestão eficiente de resíduos, da energia, da água, da mobilidade e consumo sustentáveis e, sobretudo, na redução das emissões de dióxido de carbono.

Visa ainda incentivar o desenvolvimento de novos procedimentos de qualificação e certificação ambiental e inventariar e conferir reconhecimento municipal de entidades que já procederam à sua qualificação e certificação ambiental.

Coca-Cola entre as entidades que amanhã vão limpar Galapos

Enquanto decorre a cerimónia do Selo Verde no centro da cidade de Setúbal, na zona de praias, mais concretamente em Galapos, várias instituições dão as mãos numa acção de limpeza deste areal.

Organizado pela programa Mares Circulares em colaboração com a Liga para a Protecção da Natureza, com o apoio da Câmara de Setúbal e da Associação Baía de Setúbal, centenas de voluntários, incluindo os colaboradores da Fábrica da Coca-Cola em Azeitão, e pessoas ligadas a diversas instituições da região, vão estar entre as 10h00 e as 12h00 a limpar aquela que é considerada uma das mais bonitas praias de Portugal.

Mais para o lado do Tejo, no Seixal, no próximo fim-de-semana, decorre o festival “Baía do Seixal à mesa com o Fado”, no Parque Ribeirinho da Amora, organizado pela autarquia e Associação do Comércio, Indústria, Serviços e Turismo do Distrito de Setúbal, que posicionam este evento como “amigo do ambiente”. Assim, na zona da restauração, onde estão alguns dos mais conhecidos da região, não haverá descartáveis de plástico. Os copos serão todos reutilizáveis – com devolução da tara –, os pratos e tigelas são feitos a partir de cana do açúcar e os talheres a partir de amido de milho, sendo por isso 100% biodegradáveis.

Escola Lima de Freitas entre as melhores escolas do GaME

Um grupo de alunos da Escola Lima de Freitas, em Setúbal, ficou em 4.º lugar no Prémio GaME – Ganha a Melhor Escola; uma competição que visa envolver os alunos do Ensino Secundário e Profissional.

O prémio foi entregue em final do mês passado pelo presidente da Câmara Municipal de Moita, Rui Garcia, e por Miguel Carnudo, presidente do Conselho de Administração da S.energia – Agência Regional de Energia para os concelhos do Barreiro, Moita, Montijo e Alcochete.

A medida GaME fornece ferramentas aos alunos das escolas concorrentes que lhes permitem realizar uma auditoria energética simplificada e acompanhar em tempo real os consumos energéticos do seu estabelecimento de ensino, criando e implementando medidas de melhoria no uso da energia da escola. Trata-se de um software que envolve os alunos e mantem-nos motivados na realização de tarefas que conduzirão a um uso mais racional da energia na escola.

Paralelamente, as escolas participam numa competição que funciona por sistema de pontos, atribuídos a cada tarefa desenvolvida, premiando no final as melhor classificadas. As escolas vencedoras foram escolhidas pelo Júri da Competição, que avaliou a quantidade e qualidade do trabalho efetuado pelas equipas representantes de cada escola.

No total, participaram nesta segunda edição da Competição GaME 36 equipas de todo o país, tendo estado envolvidos 223 alunos e 43 professores. Cada um dos primeiros classificados recebeu um prémio que se traduz em medidas de eficiência energética para a sua escola.

Jogos para abraçar o Planeta

A Agência de Energia e Ambiente da Arrábida (ENA) acredita nos jogos como uma ferramenta fulcral da educação ambiental. “O conhecimento conduz à sensibilização, e a sensibilização conduz à ação e à transformação da sociedade”.

Foi dentro deste espírito que a ENA, em colaboração com a Câmara de Palmela, comemorou Dia Nacional da Energia (29 de Maio) com um programa de jogos didáticticos que envolveu crianças e jovens. A acção decorreu na Escola Básica José Saramago de Poceirão com alunos do 3º ciclo.

Os jogos com os quais a Agência comemora o Dia Nacional da Energia, fazem parte do seu projeto “Maletas da Sustentabilidade”, cujo objetivo é sensibilizar e preparar aos jovens para uma viagem de transição entre o atual modelo de exploração dos recursos da Terra e novos modos de atuação e interação com a natureza, cultivando-se assim novas competências e comportamentos que contribuem para a preservação do ambiente e para uma atitude sustentável.

CIDADES PORTUGUESAS EXIGEM ACÇÃO CLIMÁTICA MAIS AMBICIOSA EM CARTA ABERTA À UE

Os municípios de Setúbal, Sesimbra e Palmela uniram-se a Lisboa, Porto, Lousada e a mais de 200 câmaras municipais europeias na exigência de adopção de medidas de acção climática mais ambiciosas ao Conselho Europeu (CE). Numa carta aberta, enviada a 30 de Abril e assinada por líderes de cidades de 21 Estados-Membros da União Europeia (UE) e de sete países vizinhos, são exigidas medidas que visam a redução das emissões para metade, até 2030, e o alcançar da neutralidade carbónica até 2050.

Atingir o nível máximo de emissões de gases com efeito de estufa até 2020, reduzindo o seu valor para metade em 2030 e alcançando a neutralidade carbónica até 2050 - são estas as exigências de mais de 200 municípios europeus aos chefes de Estado da Europa e aos governos dos Estados-membros da UE.

Foi através da ENA - Agência de Energia e Ambiente da Arrábida, que Setúbal, Sesimbra e Palmela se uniram a mais de 200 outros municípios europeus e às cidades e vilas portuguesas de Porto, Lisboa e Lousada, num pedido por mais ambição na acção climática dentro do espaço comunitário europeu. A apresentação da carta aberta antecedeu a Conferência sobre o Futuro da Europa, que teve lugar na cidade romena de Sibiu, a 9 de Maio.

São mais de 200 municípios europeus, entre os quais estão as cidades de Paris (França), Londres (Reino Unido) ou Madrid (Espanha), a procurar metas de acção climática mais ambiciosas.

Entre as propostas, que visam o desenvolvimento de “uma estratégia climática europeia justa e inclusiva a longo prazo”, melhorando a “resiliência” das cidades, a carta aberta exige que o próprio orçamento a longo prazo da UE “elimine” os subsídios aos combustíveis fósseis e a integração da acção climática como “uma prioridade em todos os programas de financiamento”. O objectivo passa por “comprometer” todos os Estados-membros com uma estratégia europeia comum de longo prazo.

A carta aberta, datada de 30 de Abril, tem o apoio do grupo de cidades pela acção climática C40, que junta mais de 90 das maiores cidades do mundo e que Lisboa integra, mas também do Conselho dos Municípios e Regiões da Europa (CEMR), da EuroCities e da Energy Cities, entre outros.

Junte a Sua à Nossa Energia

Sediada na Península de Setúbal, a área de intervenção da ENA abrange os municípios de Palmela, Setúbal e Sesimbra. Esta agência tem desenvolvido e participado em projetos com repercussões nas áreas energética, ambiental, económica, sociodemográfica e territorial, numa região, a Arrábida, que reúne atividade industrial e tecnologia de ponta, florestas, agricultura e artesanato, infraestruturas turísticas e áreas naturais.


Através de atividades técnicas, projetos de investigação e cooperação, campanhas de sensibilização, informação e formação, a ENA disponibiliza conhecimento e assessoria aos municípios, freguesias, entidades públicas e privadas, associações, indústria, centros tecnológicos, universidades, população escolar e cidadãos.


A ENA participa ativamente na RNAE – Rede Nacional de Agências de Energia fazendo parte da direção como vogal, e é membro associado da Energy Cities, participando na elaboração e discussão de políticas e estratégias internacionais e nacionais nos temas do ambiente e da energia, bem como projetos específicos de cooperação. Desde 2006, a ENA trabalha em vários projetos europeus, nacionais e locais, estabelecendo parcerias e desenvolvendo atividades específicas que permitem adquirir conhecimentos e experiência para o desenvolvimento e aplicação dos projetos.

As atividades da ENA distribuem-se pelas seguintes linhas de ação:
1 – Eficiência Energética;
2 – Fontes de Energia Endógenas e Renováveis;
3 – Mitigação e adaptação às alterações climáticas;
4 – Mobilidade, acessibilidade e transportes sustentáveis;
5 – Ambiente, energia e clima nos projetos municipais e planeamento urbano;
6 – Sensibilização, educação, informação e comunicação;
7 – Criação de parcerias e participação em redes nacionais e internacionais;
8 – Desenvolvimento de projetos e novas formas de financiamento.

Quais as principais dificuldades com que a ENA se depara no exercício da sua atividade?
Sérgio Marcelino: As dificuldades são facilmente identificáveis. Primeiro, as agências de energia não estiveram sempre presentes na nossa vida. A nossa foi criada em 2006 e quando aparece a ENA a debitar informações e a propor aos municípios várias mudanças, é natural que se criem algumas barreiras. A verdade é que os municípios têm uma dinâmica muito própria já enraizada e quando se apresenta alguma mudança essa é encarada com alguma resistência.
Eu recordo-me que, quando tomei posse em 2009, havia técnicos na Câmara Municipal que questionavam o que era a ENA, no entanto, hoje em dia, tendo em conta o trabalho que foi feito e temos vindo a fazer, já somos totalmente aceites e reconhecidos.

Momento de viragem na Arrábida
Os municípios de Palmela, Setúbal e Sesimbra encontram-se perante uma enorme mudança de mentalidades e utilização dos recursos da região. Neste sentido, a ENA, com o objetivo de consciencializar a comunidade, está neste momento a desenvolver e promover, entre outros, três projetos financiados pelo programa de Cooperação Territorial Interreg Med.

O Compose é um projeto de três anos cujo principal objetivo é aumentar o contributo das fontes de energia renováveis locais nas estratégias e planos energéticos de comunidades rurais em 11 regiões do Mediterrâneo. Através da troca de conhecimentos, experiências e abordagens inovadoras para aumentar a consciencialização sobre a importância da eficiência energética, as entidades participantes neste projeto têm implementado 15 ações-piloto, demonstrando o potencial de medidas de eficiência energética e de introdução de fontes de energia renováveis nas comunidades locais, contribuindo não só para economias de energia, mas também demonstrando as oportunidades de desenvolvimento e replicação das medidas em outras regiões.

Como avalia a importância do Projeto COMPOSE?
Cristina Daniel: O COMPOSE teve início em novembro de 2016 e terminará em outubro deste ano, por isso já está em fase de recolha dos resultados dos projetos-piloto. Este projeto é muito interessante e nós temos tido demonstração de interesse de outros projetos internacionais relativamente ao que estamos a fazer aqui, nomeadamente no caso da Biovilla, que consiste num espaço de experimentação e inovação nas temáticas da sustentabilidade, sediado em Vale de Barris, no concelho de Palmela. Aqui foram instalados diversos equipamentos com base em fontes renováveis de energia. Foram instaladas bombas solares para irrigação de pomar e hortas, um grelhador e um forno solares e um desidratador solar de grandes dimensões que serve para secar e desidratar os produtos resultantes da exploração agrícola da Biovilla. Este desidratador, aliás, está a servir para acelerar o processo natural de conservação de sementes de espécies florestais autóctones e a sua utilização para a reflorestação, a nível nacional, em áreas afetadas pelos fogos. O outro projeto piloto do COMPOSE está localizado em Sesimbra Natura Park, que abrange uma área de 867 hectares de usufruto turístico da natureza, consistindo na instalação de 44 módulos fotovoltaicos para produção de energia para autoconsumo.
Este projeto COMPOSE pretende o aumento da eficiência energética e das energias renováveis para o desenvolvimento local das comunidades rurais, servindo de inspiração e acabando por ser transversal em muitas áreas.

E o que nos traz o Projeto ESMARTCITY?
Cristina Daniel: Este projeto, de 30 meses, teve o seu início em 2018 e está centrado nas questões das cidades inteligentes. Contando com 16 parceiros de 10 países da região mediterrânica, o ESMARTCITY considera o desenvolvimento de projetos piloto, prevendo-se, no caso da ENA, a aquisição e instalação de sistemas de monitorização de consumos de energia elétrica. Estes equipamentos vão ser instalados em 24 edifícios municipais dos três concelhos (Palmela, Setúbal e Sesimbra), cuja informação vai ser transmitida em tempo real.
Toda esta informação, por um lado, vai capacitar os municípios de ferramentas para planearem e melhorarem os consumos desses edifícios, porque sabem aquilo que consomem, onde consomem e, portanto, vão ter maior poder de decisão. Por outro lado, vai ajudar os municípios, enquanto educadores junto dos cidadãos e outras entidades, a divulgar boas práticas, incentivando entidades e cidadãos a alterar os seus comportamentos.

Mas ainda nos falta falar de um outro projeto…
Cristina Daniel: O Projeto EnerNetMob, com duração de 48 meses, foi também iniciado em 2018, contando com um consórcio de 15 parceiros de 11 países da região mediterrânica e pretende criar redes de cooperação inter-regionais para a promoção de sistemas de transporte sustentável e da intermodalidade de baixo carbono. Trata-se de um projeto muito centrado na mobilidade elétrica. No caso da ENA, será desenvolvido um Plano de Mobilidade Elétrica que vai abranger a região da Arrábida, o que significa trabalhar os municípios de Palmela, Setúbal e Sesimbra como um todo, uma vez que o seu elemento comum é a Serra da Arrábida, não descurando, contudo, as características, problemas e expetativas de cada, um no que diz respeito à mobilidade. O EnerNetMob também visa desenvolver projetos-piloto, dirigidos aos setores público e privado, para partilha de soluções ao nível da mobilidade elétrica (como “e-car sharing”, “e-car pooling”,”e-bike”) e capitalizar e partilhar políticas e estratégias inter-regionais para o transporte elétrico, bem como normas comuns e orientações de conceção para sistemas de mobilidade elétrica.

Maletas que protegem o Planeta

A Educação contribui para mudar a forma como pensamos e agimos para um futuro sustentável. Na ENA, Agência de Energia e Ambiente da Arrábida, incluir o desenvolvimento sustentável em ações educativas é essencial para alcançar a mudança desejada.  

É por isso que a ENA criou, com o apoio do Fundo Ambiental, as Maletas da Sustentabilidade, uma ferramenta pedagógica apelativa e eficaz que permite aos professores trabalhar com os alunos os eixos temáticos orientadores da Estratégia Nacional de Educação Ambiental para o período 2017-2020, contribuindo para a prossecução dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030.

As Maletas da Sustentabilidade são um recurso pedagógico constituído por um conjunto de ferramentas (físicas e virtuais) que permitem trabalhar com crianças e jovens os temas chave necessários à transição para a sustentabilidade. A ideia subjacente é a de preparar os seus utilizadores para uma viagem de transição entre o atual modelo de utilização dos recursos e o equilíbrio entre os diversos modos de atuação e interação com a natureza.

Dirigidas à população escolar (pré-escolar, 1º, 2º e 3º ciclos), visam contribuir para a promoção da literacia energética e ambiental, abordando temáticas relacionadas com o clima, a pegada de carbono, a eficiência energética, a mobilidade sustentável, o consumo, a economia circular, o oceano e o património natural da Arrábida. As maletas físicas são disponibilizadas, de forma gratuita, às escolas dos Municípios de Setúbal, Palmela e Sesimbra através da Rede de Bibliotecas Escolares, por intermédio dos professores bibliotecários, estando as maletas virtuais disponíveis em www.maletas.ena.com.pt para acesso livre.

A estratégia de educação utilizada no projeto das Maletas da Sustentabilidade assenta na “gamificação” do conhecimento como forma de induzir crianças e jovens a atingir um objetivo. Como tal, promove o interesse, a participação, o desenvolvimento da criatividade e da autonomia, a promoção do diálogo e a resolução de questões específicas. O conteúdo das maletas da sustentabilidade inclui fichas de atividades para professores e alunos (uso em sala e no exterior) e diversos jogos pedagógicos, diferenciados por tema e faixa etária.

Adicionalmente existe o jogo gigante (5,5 x 4m) “As Metas do Planeta”, que aborda os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 das Nações Unidas (ONU). Este jogo procura ajudar os jovens a perceber, de forma divertida e simples, o impacto que os ODS’s podem ter nas suas vidas e como podem contribuir para a sua concretização até 2030.

Durante o ano letivo de 2017/2018, a ENA trabalhou o projeto das Maletas com cerca de 60 estabelecimentos de ensino, envolvendo aproximadamente 12.000 alunos. Foram envolvidos os Departamentos de Ambiente e Educação dos três Municípios, contando com o apoio do ICNF. Impar e diferenciadora na agilização da disseminação das maletas nas diversas escolas de cada município foi a coordenação efetuada entre as Bibliotecas Municipais, a Rede de Bibliotecas Escolares (RBE) e os Professores Bibliotecários.

Uma nova maleta sobre a água

Recentemente, e também com o apoio do Fundo Ambiental, foi criada uma nova maleta pedagógica sobre a Água: a Maleta “Água para Todos”, com o objetivo de contribuir para a promoção da eficiência hídrica e para a adoção de práticas mais sustentáveis no uso eficiente da água, com especial enfoque para a redução dos consumos.

Os conteúdos desta maleta pretendem dotar a população escolar, e a comunidade em geral, de novos conhecimentos que visam a mudança de comportamentos, promovendo um diálogo aberto, crítico e reflexivo sobre os novos desafios associados à valorização do recurso água.

Esta maleta incluirá, no próximo ano letivo, o livro infantil “Aguarela” (texto de Pedro Soromenho e ilustração de César Peixoto), que terá também uma componente de audiobook. De forma a dar vida ao livro, a ENA coloca à disposição das escolas um teatro de fantoches, criado com as personagens da história e que permite a recriação quer deste conto, quer de novas histórias criadas pelo imaginário das crianças.

A maleta tem ainda uma sugestão para o 2º e 3º ciclos: o Concurso Escolar “Água para Todos”, que visa promover a eficiência hídrica na escola bem como a sensibilização da comunidade escolar para a adoção de práticas e comportamentos mais sustentáveis no uso eficiente da água. Foi também criado o jogo gigante “Missão Sustentabilidade”, que realça o papel dos jovens na gestão eficiente da água e surge como uma ferramenta de educação ambiental que procura responder à seguinte questão: como podemos contribuir para uma comunidade que valoriza a água?

Sem pretender salvar o mundo, estas Maletas colaboram sem dúvida para a urgente mudança de mentalidades e atitudes que o mundo precisa, incentivando alterações de comportamento geradoras de um futuro ambientalmente íntegro, economicamente viável e socialmente justo.    

A ENA apresenta em Sesimbra a sua nova estratégia pedagógica para valorizar o recurso água entre crianças

ENA apresenta em Sesimbra Nova estratégia pedagógica para valorizar o recurso água entre crianças

Projeto permite tornar edifícios energeticamente mais eficientes

A Agência organizou um Workshop de capacitação sobre o projeto ESMARTCITY, que monitoriza o consumo de energia em 29 edifícios públicos.

A ENA – Agência de Energia e Ambiente da Arrábida, pretende contribuir para a melhoria da capacidade de inovação dos Municípios da sua área de intervenção, através da criação de um ecossistema de inovação que envolva empresas, centros de investigação, academia e autoridades públicas, criando neste território as condições necessárias a implementação do conceito Smart City. Aqui, os municípios não serão meros recetores da inovação tecnológica, mas sim elementos ativos de um ecossistema onde a tecnologia é colocada ao serviço dos cidadãos

A implementação deste ecossistema de inovação baseia-se na partilha de informação e conhecimento sobre edifícios inteligentes e pretende possibilitar novos produtos/aplicações, aumentar a capacidade de gestão da energia, abrir oportunidades para investigação, tornar os edifícios mais eficientes, comunicar os valores da eficiência energética e estabelecer políticas mais informadas.

Com o propósito de criar uma rede de parceiros para a implementação deste ecossistema, a ENA realizou no dia 10 de outubro, um Workshop de Capacitação no âmbito do ESMARTCITY, um projeto financiado pelo programa Interreg Mediterranean, que envolve 10 parceiros de 6 países mediterrânicos da EU.

O projeto ESMARTCITY considera o desenvolvimento de projetos-piloto ao nível do desempenho energético de edifícios e iluminação pública, com o objetivo de implementar e testar soluções tecnológicas que permitam aos municípios melhorar as condições de funcionamento e aumentar a qualidade dos serviços prestados aos cidadãos.

Para alcançar este objetivo, a ENA está a desenvolver um projeto piloto que abrange 29 edifícios públicos dos concelhos de Setúbal, Palmela e Sesimbra, no âmbito do qual contabiliza e controla os respetivos consumos energéticos através de sistemas inteligentes de monitorização.

Estes edifícios, abertos ao público, incluem 4 mercados municipais, 5 espaços culturais, 3 paços de concelho, 3 escritórios, 7 escolas e bibliotecas e 7 recintos desportivos.

Através do projeto piloto desenvolvido pela ENA, será possível aos municípios intervir no sentido de tornar estes edifícios energeticamente mais eficientes, melhorando a prestação de serviços aos cidadãos, com menor impacto no ambiente. Ao monitorizar, analisar e sistematizar em tempo real os dados de consumo de energia dos edifícios, a ENA desenvolve informação essencial à gestão e coordenação energética por parte dos serviços municipais, permitindo o planeamento de intervenções e investimentos com base nas necessidades reais.

O projeto piloto permite ainda elaborar perfis de consumo que irão contribuir para a otimização das soluções energéticas, as quais são escaláveis e replicáveis nos mais diversos edifícios municipais, de outros parceiros e de outras entidades públicas, em Portugal e na UE.

Neste contexto, o workshop de capacitação realizado, permitiu iniciar um grupo de debate no âmbito do qual serão partilhadas lições aprendidas e conhecimentos adquiridos com o desenvolvimento dos projetos-piloto de todos os parceiros do consórcio ESMARTCITY, bem como abordar as evoluções tecnológicas como Open Data, Internet das Coisas e Serviços, Inteligência Artificial.
O encontro serviu ainda para refletir sobre o tratamento da informação recolhida e a sua disponibilização de forma a contribuir para o ecossistema de inovação através do qual os municípios, as PMEs e a Academia poderão beneficiar deste e de outos projetos piloto como banco de testes para tecnologia/ serviços inovadores, melhorando o seu desempenho e os serviços prestados à comunidade.

Maletas da Sustentabilidade no website da APA - ENEA

Mais de 1500 alunos querem “Água para todos”

São mais de 1500 alunos, provenientes de 15 escolas de 2.º e 3.º ciclo dos concelhos de Setúbal, Sesimbra e Palmela, que estão inscritos no “Concurso Escolar Água para Todos!”. Na iniciativa, promovida pela Agência de Energia e Ambiente da Arrábida (ENA) estão ainda inscritos cerca de uma centena de professores.

O concurso, enquadrado no Projecto Pedagógico Maletas da Sustentabilidade, tem como objectivo promover a eficiência a nível hídrico nas escolas, assim como sensibilizar a comunidade a assumir práticas mais sustentáveis no que toca ao uso da água. Reduzir desperdício e consumo e alterar comportamentos estão no topo das prioridades.

Fica, no entanto, ao critério de cada escola a forma como é organizada, comunicada e implementada a campanha, com o intuito de produzir mensagens criativas e impactantes. Estas serão as mais valorizadas, dentro de um curso colectivo, em que um grupo de alunos e professores se apresentam em nome de uma escola.

A entrega de campanhas é até dia 21 de Fevereiro e os vencedores serão anunciados no mês de Março. Por cada município, os já referidos Palmela, Sesimbra e Setúbal) serão premiadas três campanhas.

Quem vencer vai ter nas suas instalações um conjunto de novas torneiras para reduzir o caudal e ainda um espectáculo de sensibilização chamado “O Homem que queria ser água”.

Escolas que participam no concurso

As Escolas que participam no “Concurso Água para Todos!” são, em Setúbal, a
Escola Secundária du Bocage, a Escola Lima de Freitas, a Escola Secundária
Sebastião da Gama, a Escola Básica Luísa Todi, a Área de Jovens do LATI –
Centro Comunitário do Bocage, e a Escola Básica e Secundária Ordem de
Sant’Iago.

Em Sesimbra participam a Escola Básica 2,3 Navegador Rodrigues
Soromenho, a Escola Básica e Secundária Michel Giacometti, a Escola Básica
do Castelo, a Escola Básica Integrada da Quinta do Conde e a Escola
Secundária de Sampaio.

Finalmente, em Palmela participam a Escola Básica
José Saramago, a Escola Secundária do Pinhal Novo, a Escola Hermenegildo
Capelo e a Escola Secundária de Palmela.

ENA promove a eficiência energética e o uso de renováveis na Administração Pública Local

A ENA – Agência de Energia e Ambiente da Arrábida realizou na sua sede uma sessão de capacitação dirigida aos técnicos municipais de Setúbal, Palmela e Sesimbra sobre o Contrato de Gestão de Eficiência Energética (CGEE), que visam a promoção da melhoria da eficiência energética nos edifícios e equipamentos afetos à prestação de serviços públicos.

Este contrato de gestão de eficiência energética estabelece uma parceria entre os serviços e organismos da Administração Pública e as empresas de serviços energéticos (ESEs) com o objetivo de impulsionar a implementação de medidas eficiência energética. Assim, as entidades públicas podem contratar economias de energia a empresas especialistas no setor, sendo os investimentos pagos por contrapartida das economias efetivamente alcançadas, através de um modelo “garantia de poupanças”, onde o risco de desempenho é transferido integralmente para a empresa de serviços energéticos.

A sessão abordou o regime jurídico aplicável à formação e execução destes contratos, o procedimento específico existente de contratação pública que, sendo mais ágil, permite a celebração de CGEE com as ESE que estejam devidamente registadas e qualificadas para o efeito; assim como o caderno de encargos tipo, para o lançamento de procedimentos tendentes à celebração destes contratos e a contabilização para efeitos de dívida pública e das autarquias.

O objetivo deste workshop promovido pela ENA é capacitar aos técnicos dos municípios de Setúbal, Sesimbra e Palmela com um conjunto de conhecimentos que lhes permitam contribuir eficazmente para a preparação do Caderno de Encargos e do Programa de Procedimentos e acompanhar, quer as diversas fases dos procedimentos concursais para a formação de CGEE, quer a execução dos CGEE celebrados.

A ENA promove o uso deste instrumento financeiro na administração pública local para incrementar a relação custo-benefício na utilização de energia, contribuindo para a concretização dos objetivos estabelecidos no Programa de Eficiência Energética na Administração Pública (Eco.AP), o Programa Nacional de Ação para a Eficiência Energética (PNAEE), o Plano Nacional de Ação para as Energias Renováveis (PNAER) e o Programa Nacional para as Alterações Climáticas (PNAC).

Esta sessão de capacitação enquadra-se num Projeto em que a ENA participa junto com outras 7 entidades portuguesas: Ponto Energia, uma iniciativa financiada pela Comissão Europeia através do Programa H2020 que visa o apoio ao desenvolvimento e financiamento de projetos promovendo a ligação entre investidores, promotores e especialistas que querem participar em projetos de eficiência energética.

Plataforma “Por um turismo sustentável” quer reduzir usos energéticos de hotéis em Portugal

A plataforma Por um Turismo Sustentável quer ajudar os hotéis portugueses a reduzir os seus usos de energia. Para aumentar a eficiência energética no sector da hotelaria, a plataforma criada pela Agência de Energia e Ambiente da Arrábida (ENA), em parceria com a Associação da Hotelaria de Portugal (AHP), elabora planos de acção consoante as características das unidades hoteleiras e os consumos por estas registados. Esta quarta-feira, foram apresentados em Lisboa as primeiras conclusões do teste piloto da plataforma, que junta 20 hotéis.

O objectivo da plataforma é a promoção de “medidas que visam melhorar a eficiência no consumo de electricidade em unidades hoteleiras de 3 ou mais estrelas situadas em Portugal”, lê-se no sítio web da iniciativa. Apesar de ter nascido em 2017, o projecto sofreu atrasos e a plataforma só foi ‘para o ar’ em Novembro de 2019, mas, nesta quarta-feira, foram já apresentadas algumas conclusões do piloto que decorre e que junta 20 hotéis de Lisboa, Setúbal, Palmela e Sesimbra. Por agora, a plataforma está em fase de testes mas a intenção é a sua “disseminação”, contou Orlando Paraíba, director técnico da ENA, durante a apresentação.

No espaço de um ano, as 20 unidades hoteleiras que integram o piloto registaram mais de um milhão de dormidas nos seus 1614 quartos. No total, o consumo de energia registado foi de 31,8 Gigawatts-hora (GWh) e o consumo de electricidade foi de 20,2 GWh, o que equivale a um custo energético de 2,7 milhões de euros. Depois de monitorizados os consumos e traçados planos de acção, que a plataforma personaliza automaticamente para cada unidade hoteleira, estima-se que a poupança alcançável possa traduzir-se numa redução do custo com energia de aproximadamente 413 mil euros anuais para o conjunto dos 20 hotéis analisados.

A implementação destes planos de acção representa um custo total de 986 mil euros e originariam uma redução do consumo de energia de 4 GWh - o mesmo que dizer 12% do total de energia consumida. Segundo o director técnico da ENA, responsável pela implementação do piloto, o retorno do investimento verificar-se-ia em 4,2 anos.

Durante a apresentação, foi ainda realçado o peso dos consumos energéticos nocturnos, que representa, em média, 68% dos consumos diurnos, e o seu potencial de poupança com a adopção de medidas de promoção da eficiência energética.

A implementação da plataforma contou com o financiamento da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), através do Plano de Promoção da Eficiência no Consumo de Energia Eléctrica (PPEC).

AHP E ENA LANÇAM PLATAFORMA PARA A EFICIÊNCIA ENERGÉTICA NO SETOR HOTELEIRO

Por um Turismo Sustentável” é a nova plataforma para a eficiência energética do setor hoteleiro, uma iniciativa da AHP – Associação da Hotelaria de Portugal e da ENA – Agência de Energia e Ambiente da Arrábida, financiada pela ERSE (Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos), ontem apresentada, da qual os hotéis podem a partir de agora beneficiar.

O projeto-piloto nasceu em 2017 e foram selecionados 20 hotéis para o período de implementação da plataforma – um ano –, que totalizaram 1.700 quartos e 1.051.982 hóspedes, criada com o objetivo de reduzir os consumos de energia elétrica em unidades hoteleiras de três ou mais estrelas no país. Porquê a energia elétrica? Segundo dados do Turismo de Portugal, a eletricidade é a principal fonte de energia utilizada em 99% dos empreendimentos turísticos.

Cristina Siza Vieira, CEO da AHP, comenta que a intenção era “perceber onde estavam quer equipamentos quer comportamentos que pudessem ser alterados e melhorados por forma a melhorarmos a performance destes hotéis”.

A ideia é que os hotéis interessados se registem na plataforma (online e mobile), sem qualquer custo, e que insiram alguns dados que permanecem confidenciais: nº de hóspedes e quartos, receitas, alguns dados de faturação, períodos de consumo, consumo médio de energia por hóspede e quarto, custos de energia, etc.

Posteriormente, a ENA parametriza a unidade hoteleira, aciona um plano de ação com medidas concretas, monitoriza os consumos e apresenta os resultados, ou seja, reduções de consumo de energia elétrica e poupança de recursos. Ao longo do período de implementação realizaram-se duas ações de formação, em Lisboa e Setúbal, e fez-se um Benchmarketing que permitiu comparar a performance energética de um hotel com outras unidades e resultou num “Guia de Boas Práticas” disponível no site do projeto.

A ENA irá aproveitar a entrega dos Selos HOSPES, da AHP, para premiar o hotel (inscrito até março) que apresenta uma  melhoria mais significativa da sua performance energética. O prémio será um sistema de monitorização de consumo de energia e água por quarto.

Resultados 

A ENA confirma que o setor hoteleiro utiliza, maioritariamente, energia elétrica (64%) no seu funcionamento diário. No primeiro ano do projeto, os 20 hotéis totalizaram um consumo de energia de 31,8 GWh – com o consumo de eletricidade de 20,2 GWh -, num custo de 2.763.417,56€. Já o custo médio diário com energia por unidade hoteleira é de cerca de 380€.

A Associação exemplifica que, com um investimento na ordem dos 986.819,00€, um hotel pode ter alcançar uma redução do consumo de energia elétrica de 4 GWh (12% do total de energia consumida) o que permitira uma redução anual dos encargos com a energia de 412.988,15€.

AHP junta-se à ENA para promover a eficiência energética na hotelaria

O projecto “Por um Turismo Sustentável” é uma iniciativa conjunta da AHP e da ENA –, e financiada pela ERSE – Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos. Iniciou em Março de 2017 com a assinatura de um acordo entre as duas entidades, mas arrancou em pleno no início de 2019, permitindo um ano de análise dos 20 hotéis que aderiram à plataforma, em que foram avaliadas as actividades desenvolvidas nas unidades e o seu consumo energético.

“A intenção era podermos acompanhar a performance destes hotéis, medir e perceber onde estavam os equipamentos e comportamentos que podem ser alterados de forma a melhorarmos a performance destes hotéis”, esclarece Cristina Siza Vieira, CEO da AHP. A dirigente avança também que os dados recolhidos funcionam como padrão de referência para que as unidades possam avaliar o seu desempenho, mas também partilhar essa informação com terceiros.

A partir, precisamente, desta quarta-feira, 29 de Janeiro, qualquer empreendimento turístico a nível nacional pode requisitar o acesso a esta plataforma de gestão de energia, através da AHP. Para Siza Vieira, “isto tem tudo a ver com a agenda que hoje se discute e em particular com a agenda da AHP”. Falava das metas delineadas no âmbito do Acordo de Paris e do compromisso assumido pela AHP há cinco anos com o Programa HOSPES, o programa corporativo de responsabilidade social e sustentabilidade ambiental da Associação.

“É destes pequenos casos que se faz, também, o grande caso da sustentabilidade na hotelaria”, concluía a CEO da AHP, ao falar do efeito de mancha que é possível obter através da indução de comportamentos junto dos turistas, extravasando os colaboradores das unidades hoteleiras. Já Sérgio Marcelino, presidente do Conselho de Administração da ENA, desafiava os 800 associados da AHP a se juntarem a esta plataforma de gestão de energia, que agora se abre a todos.

O projecto consiste, sobretudo, na análise e futura redução de consumos por meio de alteração de comportamentos e equipamentos. Assim, ao longo do ano de 2019 foi feita a monitorização dos consumos, da operação das unidades hoteleiras e do plano de acção que estas haviam delineado para a melhoria da sua eficiência energética. Foram analisados os 20 hotéis, que reuniram um total de 1.051.982 hóspedes no seu conjunto de 1.614 quartos.

Concluiu-se que o consumo de energia nesta actividade económica se centra essencialmente na energia eléctrica (64% do total). Com um consumo total anual de 31,8 GWh, o consumo anual da electricidade fica-se pelos 20,2 GWh, o que ascende a um custo de 2.763.417,56€, sendo que o custo médio diário com energia por unidade hoteleira é de cerca de 380€. Concluiu-se, também, que os principais consumidores de energia nestes 20 hotéis são o chiller e os sistemas de bombagem.

Da análise feita, prevê-se que um investimento de cerca de um milhão de euros possa promover uma redução do consumo em cada hotel de 4 GWh, ou seja, cerca de 12% do total da energia consumida. Ao adoptarem as oportunidades de melhoria identificadas no decorrer deste projecto, as unidades hoteleiras poderiam beneficiar de uma redução anual dos encargos com energia de 412.988,15€.

Os 20 hotéis que participaram neste projecto desde o início, situados na região de Lisboa e Setúbal, são o Luna Esperança Centro Hotel, Hotel do Chiado, Montado Hotel & Golf Resort, Hotel Casa Palmela, Hotel Real Oeiras, Occidental Lisboa, SANA Sesimbra Hotel, Estoril Eden, Novotel Setúbal, Hotel Real Palácio, Hotel do Mar, Grande Real Villa Itália Hotel & Spa, Eleven School Hotel, Lisboa Pessoa Hotel, The Vintage Hotel & Spa, Sesimbra Hotel & Spa, Lux Lisboa Park Hotel, Hotel do Sado Business & Nature, Ibis Style Lisboa Centro Liberdade, e Villa 3 Caparica.

O livro da ENA “Aguarela”, selecionado para a fase municipal do Concurso Nacional de Leitura em Palmela

Os recursos bibliográficos selecionados para esta prova baseiam-se no trabalho desenvolvido pelo Grupo de Bibliotecas Escolares de Palmela em torno da sustentabilidade ambiental e da exploração da maleta da água da ENA 

A fase municipal da 14ª edição do Concurso Nacional de Leitura 2020 decorreu ontem na Biblioteca Municipal de Palmela e contou com a participação de alunos do 1º, 2º e 3º ciclo dos vários Agrupamentos de Escolas do Município, e com o apoio do Serviço de Apoio às Bibliotecas Escolares e professores bibliotecários de Palmela. 

Nesta prova municipal os recursos bibliográficos escolhidos tiveram como elemento comum a água, opção que se integra no âmbito do trabalho desenvolvido pelo Grupo de Bibliotecas Escolares do Concelho de Palmela em torno das questões da sustentabilidade ambiental e da exploração da maleta da água, recurso pedagógico da ENA – Agência de Energia e Ambiente da Arrábida.

Assim, o livro “Aguarela”, do escritor Pedro Soromenho, promovido pela ENA como material didático incluído na Maleta “Água para todos”, foi a obra escolhida para concurso para o 1º Ciclo do Ensino Básico. As restantes leituras são: “A menina do mar”, de Sophia de Melo Breyner (2º Ciclo do Ensino Básico), “O rapaz que prendeu o vento”, de William Kamkwamba (3º Ciclo do Ensino Básico) e “Os pescadores”, de Raul Brandão (Ensino Secundário). 

A ENA foi ainda selecionada pelo município de Palmela para fazer parte do júri encarregado de fazer a avaliação e apuramento dos vencedores de cada ciclo de ensino nas duas partes da prova (escrita e momento de leitura em palco) para competirem na fase seguinte.

No percurso da fase municipal do concurso de leitura, foram apurados três alunos de cada nível de ensino como representantes do município de Palmela na fase intermunicipal da Área Metropolitana de Lisboa, que terá lugar na Biblioteca Municipal de Loures, a 15 de abril. A todos os participantes foi entregue um livro como prémio.

O Concurso Nacional de Leitura pretende estimular esta prática, avaliar a leitura de obras literárias entre os alunos e melhorar o domínio da língua portuguesa e a compreensão escrita.

Este concurso é organizado pelo Plano Nacional de Leitura, em articulação com a Rede Bibliotecas Escolares, a Direção Geral do Livro, dos Arquivos e Bibliotecas, Instituto CAMÕES, Instituto da Cooperação e da Língua, Direção Geral da Administração Escolar e RTP- Rádio e Televisão de Portugal.

NOVA PLATAFORMA AJUDA A GERIR USOS DE ENERGIA NOS HOTÉIS

A electricidade é a principal forma de energia utilizada em 99% dos empreendimentos turísticos portugueses. Os dados são de 2013, do Turismo de Portugal e são citados pela iniciativa “Por um Turismo Sustentável” para explicar a importância dos seus objectivos. Esta iniciativa visa a redução dos consumos de energia eléctrica das unidades hoteleiras e, por consequência, a redução dos seus custos operacionais e impacto no meio. Nasceu no ano de 2017 como uma medida financiada pelo Plano de Promoção da Eficiência no Consumo de Energia Elétrica (PPEC), um programa financiado pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) para a promoção de medidas que visam melhorar a eficiência no consumo de electricidade em unidades Hoteleiras de 3 ou mais estrelas, situadas em Portugal. Esta medida é promovida pela ENA – Agência de Energia e Ambiente da Arrábida e conta com a AHP – Associação da Hotelaria de Portugal como parceira.

Orlando Paraíba, director técnico da ENA, explicou à Edifícios e Energia que o projecto surgiu da ideia de trabalhar com o sector hoteleiro no sentido de promover boas práticas, tanto na gestão de energia, como na sua utilização nas unidades hoteleiras. Logo desde o início, houve um conceito que quiseram trabalhar com os hotéis: a eficiência energética do lado estrutural, ou seja “trabalhar ao nível de medidas do próprio hotel que promovessem uma utilização racional de energia (ao nível de equipamentos, etc.), mas também ao nível da energia que é utilizada pelos próprios clientes, durante a sua estada, porque, muitas vezes, as pessoas, quando estão num hotel, perdem a sua racionalidade, em termos da utilização dos recursos. Assim, quisemos juntar estas duas dimensões no projecto: promover boas práticas na utilização da energia do próprio hotel, e também consciencializar e promover boas práticas de utilização do lado dos clientes”.

O projecto teve uma fase inicial, que durou um ano, em que foram analisadas as performances de 20 hotéis portugueses, de 3 ou mais estrelas. Foram efectuados diagnósticos energéticos e desenvolvidos planos de acção, foi promovida formação em eficiência energética, direccionada para o sector hoteleiro, criado um guia de boas práticas energéticas e também desenvolvida uma aplicação mobile para promoção da eficiência energética junto dos utilizadores dos hotéis que, juntamente com cartazes e informações nos próprios hotéis, alertavam os hóspedes para o tema, remunerando-os, de alguma forma, se levassem em conta as medidas de eficiência energética propostas. Paralelamente, refere Orlando Paraíba, “foi desenvolvida uma plataforma, que está disponível na página do projecto, em que, através da qual os hotéis podem fazer a gestão dos tais planos de acção que resultaram das auditorias que foram feitas nos hotéis. Podem fazer também a gestão dos seus consumos de energia, cruzando os dados da energia utilizada com a produção do hotel (os quartos ocupados), com o objectivo de fazer o mesmo, mas consumindo menos energia. Recolhendo toda essa informação, conseguimos indicadores de performance energética que permitem ao hotel ir monitorizando o seu desempenho energético ao longo do tempo. E, assim, conseguem comparar a sua performance energética no presente com a do passado. Há também a possibilidade de fazer um benchmarking com outros hotéis, ou seja, comparar o desempenho energético daquele hotel com o de outros hotéis similares, em termos de características que possam ser comparáveis”.

O feedback dos hotéis que participaram é positivo e mantêm-se empenhados em implementar mais acções de melhoria, de forma a atingir aquilo que é o objectivo final de todo este projecto: eficiência energética e poupança de recursos.

Agora que terminou esta fase inicial esta plataforma já está disponível para todas as unidades hoteleiras que queiram monitorizar e melhorar a sua eficiência energética. O director técnico da ENA revelou que uma das grandes evidências que este projecto mostrou é que “existe um grande potencial de poupança de energia nos hotéis sem pôr em causa o que é fundamental: a qualidade dos seus serviços”.

O pontapé de saída está assim lançado para esta iniciativa que se espera ter muitos mais hotéis a participar e a conseguir reduzir os seus consumos de energia. Para participar ou obter mais informações, o site “Por um Turismo Sustentável” tem todas as informações sobre o projecto e um link para o registo na Plataforma.

O território Arrábida a caminho da mobilidade elétrica

ENA - Agência da Energia e Ambiente da Arrábida, no seu objetivo de promover a eficiência e o desenvolvimento sustentável, trabalha com os municípios de Setúbal, Palmela e Sesimbra na elaboração de um Plano de Mobilidade Elétrica que abrange o território Arrábida, um espaço privilegiado em termos de natureza, dinâmico no seu crescimento, e onde a sustentabilidade é a base do planeamento.

Este Plano de Mobilidade Elétrica para o Território Arrábida (SEMP Arrábida) desenha toda uma estratégia geral de mobilidade elétrica para o território com propostas de medidas específicas (postos de carregamento elétricos, mini-autocarros elétricos urbanos, sistema de bicicletas elétricas partilhadas, micro mobilidade elétrica, zonas de baixas emissões e políticas de estacionamento), identificando oportunidades de intervenção segundo as características territoriais, os padrões de mobilidade e crescimento dos três municípios.

Esta iniciativa aborda os potenciais impactos da mobilidade elétrica nas redes de transporte, assim como as oportunidades disponibilizadas pelas infraestruturas existentes e a evolução da tecnologia e da utilização dos transportes. Para além disso, o Plano identificará as oportunidades de ligação entre as infraestruturas, os modos de deslocação suaves e os transportes públicos.

O Plano localiza e dimensiona as infraestruturas de carregamento e a sua distribuição no território segundo cenários de 1-2, 5 e 10 anos, sugere instrumentos financeiros e de planeamento a ativar para estabelecimento das infraestruturas de veículos elétricos, avalia requisitos técnicos, de interoperabilidade e recursos de TIC aplicáveis à rede de postos de carregamento. Além disso estabelecem-se planos de estacionamento e serviços complementares de mobilidade sustentável para o território.

Este Plano será coerente com os conteúdos dos Planos de Mobilidade e dos Planos de Qualidade do Ar adotados a nível europeu, nacional e regional, bem como com o Plano de Ação de Mobilidade Urbana Sustentável da Área Metropolitana de Lisboa.

O SEMP Arrábida, ainda em elaboração, é fruto do trabalho conjunto da ENA e dos municípios de Setúbal, Palmela e Sesimbra e será em breve apresentado e debatido junto dos decisores políticos e diversos agentes da comunidade.

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Redes Inter-regionais de Mobilidade Elétrica no Mediterrâneo: EnerNETMob

A elaboração do Plano de Mobilidade Elétrica para o Território Arrábida enquadra-se no projeto “EnerNetMob: Mediterranean Interregional Electromobility Networks for intermodal and interurban low carbon transport systems”, cofinanciado pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) no âmbito do Interreg MED, Programa Operacional de Cooperação Territorial Europeia (CTE).

O projeto EnerNETMob desenha, testa e melhora 'Planos de Mobilidade Elétrica Sustentáveis' nos territórios envolvidos (16 parceiros de 12 países europeus), de acordo com normas comuns e políticas de baixo carbono, a fim de estabelecer uma”Rede Inter-regional de Mobilidade Elétrica” que atravessa as cidades da região mediterrânica.

O projeto promove a partilha da mobilidade e da intermodalidade terra-mar utilizando sistemas de transporte elétrico, através da implementação de redes-piloto interurbanas e inter-regionais de carregamento de veículos elétricos também impulsionadas por fontes de energia renováveis.

Assim, o projeto implementa investimentos-piloto de Mobilidade Elétrica em pequena escala com o intuito de criar uma rede de ligações interurbanas e intermodais que permitam deslocações de médio alcance com veículos elétricos, contribuindo para facilitar a aplicação da Diretiva 2014/94/UE relativa à implantação de infraestruturas de combustíveis alternativos.

Os resultados do projeto EnerNETMob permitirão à população e visitantes dos territórios envolvidos aceder a novos meios sustentáveis de transporte interurbano e inter-regional, promovendo junto das autoridades públicas estratégias de transporte de baixas emissões de carbono, de forma a incluir, a nível regional e nacional, futuros investimentos na mobilidade elétrica.

Mobilidade nas cidades é o projeto da ENA que se segue

"A ENA - Agência de Energia e Ambiente da Arrábida, faz um balanço bastante positivo da atividade levada a cabo ao longo dos anos de existência. Um trabalho que tem merecido “o reconhecimento dos atores locais” e que transformaram a agência numa “referência de credibilidade, de suporte técnico e de visão estratégica para o desafio energético e ambiental” dos dias que correm. Dos vários projetos desenvolvidos, a ENA destaca a Rede Municipal de recolha seletiva de Óleos Alimentares Usados (OAU), feita em parceria com os municípios de Setúbal, Sesimbra e Palmela, e que permitiu “a recolha de mais de 130 mil litros de óleos alimentares, entre 2010 e 2019, e a produção de mais de 100 mil litros de biodiesel, evitando assim a emissão de 153.791 kg de dióxido de carbono para a atmosfera”. A agência aponta as “novas formas de mobilidade, o modelo de produção e consumo de energia através das comunidades energéticas ou a conceção da cidade na perspetiva das smart cities” como temas principais para o trabalho dos próximos anos. É nesse sentido, que a ENA trabalha atualmente com os concelhos de Setúbal, Palmela e Sesimbra na elaboração de um Plano de Mobilidade Elétrica que abrange o território da Arrábida. “Um plano com propostas de medidas específicas (postos de carregamento elétricos, mini-autocarros elétricos urbanos, sistema de bicicletas elétricas partilhadas, micro mobilidade elétrica, zonas de baixas emissões e políticas de estacionamento), identificando oportunidades de intervenção segundo as características territoriais, os padrões de mobilidade e crescimento dos três municípios”.

Economia Circular na região da Arrábida: a rota dos óleos alimentares usados (OAU)

A região da Arrábida tem vindo a adotar uma crescente consciência sobre a necessidade de um desenvolvimento mais sustentável, que assegure o seu crescimento económico através do uso racional dos recursos e procurando fontes de energia alternativas menos poluentes e com menores índices de emissão de gases de efeito de estufa (GEE). Exemplo disso, a ENA – Agência da Energia e Ambiente da Arrábida, em 2008 desenvolveu a iniciativa “Rota dos óleos alimentares usados (OAU)”, que visa o estabelecimento de uma rede de recolha e valorização destes óleos nos municípios de Setúbal, Palmela e Sesimbra e a sua respetiva conversão em biodiesel, concretizando os seguintes objetivos:

• reduzir a quantidade de OAU introduzidos nos sistemas de drenagem e tratamento de águas residuais e, desta forma, diminuir os seus custos e aumentar a sua eficiência, diminuindo a carga poluente emitida para os sistemas aquáticos;

• reduzir a quantidade de OAU depositados em aterros sanitários, diminuindo a carga poluente nos mesmos e a contaminação dos solos com resíduos mal encaminhados;

• reciclar os OAU para produção de biodiesel e de outros produtos;

• envolver a comunidade escolar na gestão responsável dos resíduos gerados e no combate às alterações climáticas, como multiplicador desta mensagem de reciclagem para a população em geral;

• implementar o consumo de biocombustíveis e reduzir as emissões de CO2;

• desenvolver o conceito de Economia Circular, considerando os OAU não como um resíduo mas sim como um recurso com valor.

Com a implementação desta iniciativa na região da Arrábida, aumenta a taxa de reciclagem e valorização de resíduos; reduzem-se as emissões de poluentes e GEE melhorando a qualidade do ar e diminuindo o impacto climático e contribui-se para o cumprimento das estratégias, diretivas e regulamentos europeus no que respeita à utilização de combustíveis alternativos, redução das emissões de GEE e diversificação das fontes energéticas.

O biocombustível tem várias vantagens, nomeadamente é um produto biodegradável, não tóxico, mais seguro, pois não é inflamável nem explosivo, tendo uma temperatura de inflamação muito elevada (150ºC). Proporciona ainda uma maior lubrificação do motor aumentando a sua vida útil e a redução do ruído, reduz a emissão de GEE e é uma fonte de energia renovável. A produção de biocombustíveis a partir de OAU permite valorizar, como combustível, um resíduo que anteriormente terminaria o seu ciclo de vida poluindo os sistemas ambientais, e diminui a utilização de combustíveis fósseis, mais tóxicos, poluentes e com maior pegada carbónica.

A implementação da rede municipal de recolha nos municípios da região da Arrábida começou há mais de 10 anos e entre 2012 e 2015 foi otimizada através do desenvolvimento de um projeto europeu (Recoil: www.recoilproject.eu) coordenado pela ENA e que integrou a participação de 11 parceiros de 6 países europeus.

Esta rede de recolha de OAU integra o setor doméstico (público em geral), setor escolar e setor HORECA (hotelaria e restauração) nos municípios de intervenção da ENA, com 111 pontos de recolha no setor doméstico (49 em Setúbal, 43 em Palmela e 19 em Sesimbra) constituídos maioritariamente por depósitos (Ecobox) de 360 L. Nos mercados estão instalados 8 pontos de recolha (3 em Setúbal, 3 em Palmela e 2 em Sesimbra) com oleões de 360 L, enquanto que as escolas contam com 69 pontos de recolha (33 em Setúbal, 17 em Palmela e 19 em Sesimbra) com barricas de 45 L. Integram também esta rede 50 pontos de recolha destinados ao setor HORECA (27 em Setúbal, 21 em Palmela e 2 em Sesimbra) com barricas de 45 L.

Desde o começo desta iniciativa até ao final do ano de 2019 foram recolhidos cerca de 130 mil L de OAU, que permitiram a produção de 101 mil L de biodiesel, evitando a emissão de 154 toneladas de CO2 eq. de GEE para a atmosfera. Esta rede está constantemente a ser monitorizada, identificando os pontos de maior e menor produção por forma a aumentar a eficiência na recolha dos OAU.

Esta iniciativa permite dar suporte à região da Arrábida no cumprimento do regime jurídico da gestão de OAU (Decreto-Lei n.º 267/2009, de 29 de setembro), que atribui um papel de relevo aos municípios no estabelecimento de redes municipais de recolha seletiva e obriga os estabelecimentos do sector HORECA a assegurarem o encaminhamento adequado aos OAU produzidos.

Conscientes da relevância da informação e sensibilização das comunidades para a mudança comportamental e hábitos de recolha e deposição de OAU, a ENA, em parceria com os municípios, tem vindo a desenvolver diversas ações de comunicação e participação cívica, sendo evidente o seu impacto na variação das quantidades de óleo depositadas.

Para mais informações acerca da Rota dos Óleos Alimentares Usados, consulte oau.ena.com.pt.

PROJETO RECOIL- Município aposta em rede de recolha de óleos alimentares usados

No âmbito do projeto RECOIL, a Câmara de Palmela, em parceria coma ENA - Agência de Energia da Arrábida e a empresa Biocanter, desenvolveu e instalou uma rede municipal de recolha de óleos alimentares usados. 

Neste momento,a rede conta com 35 pontos para depósito de Óleos Alimentares Usados (OAU), distribuídos pelas várias freguesias (oleões com capacidade de 360 litros), e ainda barricas de 45 litros disponíveis em entidades parceiras e escolas, por todo o concelho. 

Os OAU podem apresentar "um grave problema ambiental quando indevidamente deitados nos esgotos urbanos", constituindo um potencial perigo de contaminação tanto nos solos como nas águas, o que dificulta "o trabalho das Estações de Tratamento de Águas Residuais (ETAR)", explica a autarquia em comunicado. 

Estes óleos podem ser valorizados, "dando origem a produtos como biodiésel e sabão, sendo por isso essencial que sejam depositados nos locais próprios" alerta a edilidade, a finalizar. 

Plano promove mobilidade sustentável

Concelho recebe primeiro posto de carregamento rápido para veículos elétricos

Instalação em Setúbal, Palmela e Sesimbra de postos de carregamento elétricos

AZEITÃO, SADO E GÂMBIA-PONTES-ALTO DA GUERRA INSTALAM PAINÉIS SOLARES FOTOVOLTAICOS PARA AUTOCONSUMO

As Juntas de Freguesia de Azeitão, Sado e Gâmbia-Pontes-Alto da Guerra instalaram esta semana nas suas sedes sistemas fotovoltaicos para autoconsumo que vão desde os 1,95 kW aos 3,51 kW de potência com o intuito de minimizar o consumo de energia e com isto reduzir as faturas de eletricidade, em média, em mais de 700,00 €/ano, bem como dotar as instalações públicas com fontes renováveis de energia evitando assim a emissão anual de 5,3 toneladas de CO2.  

Estes equipamentos foram instalados no âmbito do projeto Freguesias mais Eficientes, onde o bom desempenho energético destas Juntas de Freguesia as fez vencedoras de um concurso onde estavam inscritas 60 Juntas de Freguesia de Portugal Continental e das Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira.

O projeto Freguesias mais Eficientes é promovido pela RNAE – Associação das Agências de Energia e Ambiente (Rede Nacional), com o apoio da BSD Consulting e financiado pelo Plano de Promoção da Eficiência no Consumo de Energia Elétrica (PPEC). A iniciativa visa capacitar as Juntas/Uniões de Freguesia portuguesas para serem mais eficientes do ponto de vista energético e alcançar reduções nos seus consumos.

Os prémios atribuídos às três freguesias do concelho de Setúbal (Azeitão – 6.000 €, Sado – 3.000 € e  Gâmbia-Pontes-Alto da Guerra – 2.000 €) foram aplicados em medidas de redução de consumo de energia e equipamentos de eficiência energética identificados em conjunto com a ENA – Agência de Energia e Ambiente da Arrábida, que realizou ações de formação com os técnicos, acompanhou e suportou as Juntas no desenvolvimento deste processo de sustentabilidade local e melhoria da performance energética.

Autarquia reforça mobilidade suave com ampliação da rede de ciclovias urbanas

O TERRITÓRIO ARRÁBIDA A CAMINHO DA MOBILIDADE ELÉTRICA

Municípios preparam planos locais para tornar Arrábida mais resiliente às alterações climáticas

A ENA – Agência de Energia e Ambiente da Arrábida está a coordenar o desenvolvimento dos Planos Locais de Adaptação às Alterações Climáticas (PLAAC) dos municípios de Palmela, Sesimbra e Setúbal. O trabalho, feito em parceria com os três municípios no âmbito de um projecto financiado pelo Programa Ambiente do Mecanismo Financeiro EEA Grants, deverá estar concluído no final do Verão de 2022.

Os instrumentos têm como missão preparar o território Arrábida para enfrentar o desafio das alterações climáticas e reforçar a resiliência e a capacidade de resposta desta área, tendo em conta que as suas características geográficas e socioeconómicas a colocam como sendo “extremamente vulnerável”.

Para o fazer, os documentos estratégicos vão definir prioridades e medidas a curto, médio e longo prazos, de forma a criar ferramentas de apoio para a assistência à população e ordenamento do território. Segundo a ENA, está também prevista a capacitação de técnicos municipais e a participação de outros agentes chave, assim como da comunidade local.

A elaboração dos planos será feita à escala local, coordenado pela ENA e em parceria com as três câmaras municipais, mas contando também com o apoio do IGOT – Instituto de Geografia e Ordenamento do Território da Universidade de Lisboa e da FCT UNL – Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, que ajudarão na análise e avaliação dos riscos climáticos e capacitação dos actores envolvidos.

Para dar início ao projecto, os parceiros reuniram-se a 15 de Fevereiro, num encontro virtual. “Nos próximos meses”, avança a ENA, será organizada uma Conferência sobre Adaptação às Alterações Climáticas, na qual se dará a conhecer a iniciativa à sociedade civil e outros agentes interessados.

A elaboração destes três instrumentos acontece no âmbito do projecto PLACC – Arrábida e vai dispor do apoio do Programa Ambiente, Alterações Climáticas e Economia de Baixo Carbono do Mecanismo Financeiro EEA Grants 2014-2021. A iniciativa, com a duração de 18 meses, representa um orçamento global de 165 289 mil euros, dos quais 90% serão financiados pelo EEA Grants.

O PLAAC – Arrábida vai estar alinhado com as vulnerabilidades e medidas identificadas no Programa de Acção para Adaptação às Alterações Climáticas (P-3AC) e a Estratégia de Adaptação às Alterações Climáticas 2020 (ENAAC 2020). Para além disso, os documentos estratégicos resultantes seguem as orientações metodológicas do Plano Metropolitano de Adaptação às Alterações Climáticas (PMAAC-AML), desenvolvido entre 2017-2019 pela Área Metropolitana de Lisboa (AML) e os seus 18 municípios.

Palmela tem em marcha Plano Local de Adaptação às Alterações Climáticas

O Município de Palmela já tem em marcha a elaboração do PLAAC – Plano Local de Adaptação às Alterações Climáticas, integrado no projeto PLAAC – Arrábida. A 15 de fevereiro, realizou-se a reunião de início do projeto, um encontro virtual em que participaram os parceiros e o operador do Programa EEA Grants, Secretaria Geral do Ambiente.

O território Arrábida, que engloba os concelhos de Palmela, Sesimbra e Setúbal, é extremamente vulnerável aos impactes das alterações climáticas, devido às suas características geográficas e socioeconómicas. Para prepará-lo para enfrentar este desafio, as três Câmaras Municipais participam neste projeto, coordenado pela ENA – Agência de Energia e Ambiente da Arrábida, no âmbito do qual serão elaborados planos de adaptação climática à escala local, contribuindo para aumentar a capacidade de resposta dos municípios.

O PLAAC – Arrábida tem um orçamento global de 165.289€ e é financiado em 90% através do Programa Ambiente, Alterações Climáticas e Economia de Baixo Carbono do Mecanismo Financeiro EEA Grants 2014-2021, operado em Portugal pela Secretaria Geral do Ambiente, do Ministério do Ambiente e Ação Climática. O projeto vai ser desenvolvido até agosto de 2022.

O desenvolvimento dos planos locais resulta de uma parceria entre a ENA, as três Câmaras Municipais, o IGOT – Instituto de Geografia e Ordenamento do Território da Universidade de Lisboa e a FCT – Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa.

O PLAAC vai definir e priorizar medidas de adaptação às alterações climáticas a curto, médio e longo prazo, criando ferramentas de apoio para a assistência à população e o ordenamento do território. Irá ainda sensibilizar e capacitar as/os técnicas/os municipais, a comunidade local e os atores com relevância estratégica para os respetivos fenómenos e para a necessidade de promover os processos de adaptação locais. Este documento estratégico surge na sequência do PMAAC-AML – Plano Metropolitano de Adaptação às Alterações Climáticas.

Nos próximos meses, o projeto será apresentado à sociedade civil, no âmbito de uma Conferência sobre Adaptação às Alterações Climáticas.

Agência de Energia da Arrábida está a desenvolver planos locais de Adaptação às Alterações Climáticas para os municípios de Setúbal, Palmela e Sesimbra

A ENA – Agência de Energia da Arrábida está a desenvolver planos locais de Adaptação às Alterações Climáticas para os municípios de Setúbal, Palmela e Sesimbra, no âmbito de um projeto com financiamento europeu.

O PLAAC – Arrábida, que visa contribuir para aumentar a resiliência e a capacidade de resposta dos municípios do território Arrábida, materializa um investimento superior a 165 mil euros, financiado a 90 por cento pelo Programa Ambiente, Alterações Climáticas e Economia de Baixo Carbono, do Mecanismo Financeiro EEA Grants 2014-2021.

Os três planos locais que resultarão deste projeto assumem-se como instrumentos fundamentais para preparar a comunidade para enfrentar os desafios das alterações climáticas.

Com estes instrumentos, o território Arrábida cria condições para reduzir o risco climático, diminuir os eventuais impactes e promover a sua adaptação, identificando e caracterizando vulnerabilidades recentes, atuais e futuras do território, dos setores e da população.

O PLAAC – Arrábida define medidas de adaptação às alterações climáticas a curto, médio e longo prazo, criando ferramentas de apoio para a assistência à população e o ordenamento do território.

O documento estabelece, igualmente, o desenvolvimento de atividades de sensibilização e capacitação dos técnicos municipais, da comunidade local e dos atores com relevância estratégica para os respetivos fenómenos e para a necessidade de promover os processos de adaptação locais.

O PLAAC – Arrábida deve criar condições para a adaptação dos planos à escala municipal, enquadrando o planeamento e definindo uma estratégia que proporcione mais conhecimento sobre estas temáticas e promova o envolvimento da comunidade local.

As medidas de adaptação e integração dos resultados no planeamento local devem ter em conta o ordenamento dos espaços urbanos, usos e morfologias dos conjuntos urbanísticos, edifícios e espaços públicos, novos princípios e disposições legais e regulamentares relativas à ocupação e uso do solo com o objetivo de contribuir para o aumento da resiliência territorial.

Os planos locais de Adaptação às Alterações Climáticas estão a ser desenvolvidos pela ENA, promotora do projeto, em parceria com as câmaras municipais de Setúbal, Palmela e Sesimbra, o Instituto de Geografia e Ordenamento do Território da Universidade de Lisboa e a Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa.

O PLAAC – Arrábida foi apresentado aos parceiros numa reunião realizada no dia 15 de fevereiro, em formato digital, com a participação do operador do Programa EEA Grants em Portugal, a Secretaria-Geral do Ambiente.

Neste encontro foi definida, igualmente, a calendarização das atividades a desenvolver e a distribuição pelos parceiros das tarefas a desempenhar por cada um ao longo de 18 meses, até agosto de 2022.

O PLAAC – Arrábida encontra-se alinhado com as vulnerabilidades e medidas identificadas no Programa de Ação para Adaptação às Alterações Climáticas e na Estratégia de Adaptação às Alterações Climáticas 2020 – ENAAC 2020, e segue as orientações metodológicas do Plano Metropolitano de Adaptação às Alterações Climáticas.

Concelhos recebem instrumentos para adaptar Arrábida.

Decorreu ontem a reunião que marca o início do projeto PLAAC - Arrábida (Planis Locais de Adaptação às Alterações Climáticas), que visa promover a economia circular, a descarbonização da sociedade e a valorização do território, neste caso da verdejante Arrábida, no qual participaram os municípios de Setúbal, Palmela e Sesimbra. 

A iniciativa, financiada pelo Programa Ambiente, Alterações Climáticas e Economia de Baixo Carbono do Mecanismo EEA Grants 2014-2021, pretende, através de parcerias com os Estados-Membros da União Europeia, nomeadamente com a Islândia, Liechtenstein e a Noruega, reduzir disparidades sociais e carências económicas, bem como aproximar estes três países de quem beneficie. 

No distrito de Setúbal, relativamente à Serra da Arrábida, os trabalhos são coordenados pela Agência de Energia e Ambiente da Arrábida (ENA). 

Com os referidos instrumentos, o ideal será que funcionen como agentes que preparem a comunidade para enfrentar os desafios e problemáticas das alterações climáticas, havendo destaque para a incidência na Arrábida, de modo a tentar reduzir e diminuir eventuais impactos das alterações climáticas. 

"O PLAAC - Arrábida definirá e priorizará medidas de adaptação às alterações climáticas a curto, médio e longo prazo, criando ferramentas de apoio para a assistência à população e o ordenamento do território. Irá, ainda, sensibilizar e capacitar os técnicos municipais, a comunidade local e os actores com relevância estratégica, para os respectivos fenómenos e para a necessidade de promover os processos de adaptação locais", lê-se em comunicado. 

Espera-se que nos próximos meses existam apresentações do projeto à sociedade civil e demais partes interessadas, através de uma Conferência sobre Adaptação às Alterações Climáticas.    

Setúbal, Sesimbra e Palmela preparam os seus territórios para enfrentar os desafios das alterações climáticas.

A ENA inicia o desenvolvimento de Planos Locais de Adaptação às Alterações Climáticas para os três municípios através de um projeto financiado pelo Programa Ambiente do Mecanismo Financeiro EEA Grants.

O território Arrábida, que engloba os concelhos de Palmela, Sesimbra e Setúbal, é extremamente vulnerável aos impactes das alterações climáticas devido às suas características geográficas e socioeconómicas. Com o intuito de preparar os seus territórios para enfrentar este desafio, as três Câmaras municipais participam num projeto, coordenado pela ENA – Agência de Energia e Ambiente da Arrábida, no âmbito do qual serão elaborados planos de adaptação climática à escala local, contribuindo para aumentar a resiliência e a capacidade de resposta destes municípios.

Este projeto PLAAC – Arrábida (Planos Locais de Adaptação às Alterações Climáticas) é financiado através do Programa Ambiente, Alterações Climáticas e Economia de Baixo Carbono do Mecanismo Financeiro EEA Grants 2014-2021, que promove a economia circular, a descarbonização da sociedade e a valorização do território e é operado em Portugal pela Secretaria Geral do Ambiente, do Ministério do Ambiente e Ação Climática.

Os três planos locais que resultarão deste projeto assumem-se como instrumentos fundamentais para preparar a comunidade a enfrentar os desafios das alterações climáticas. Com estes instrumentos, o território Arrábida criará condições para reduzir o risco climático, diminuir os eventuais impactos e promover a sua adaptação, identificando e caracterizando vulnerabilidades recentes, atuais e futuras do território, dos setores e da população.

Para o desenvolvimento destes Planos Locais de Adaptação às Alterações Climáticas, a ENA, na qualidade de promotor do projeto, conta com a parceria das Câmaras Municipais de Setúbal, Palmela e Sesimbra, que beneficiarão destes planos, bem como o Instituto de Geografia e Ordenamento do Território (IGOT, Universidade de Lisboa) e a Faculdade de Ciências e Tecnologia (FCT, Universidade Nova de Lisboa), que contribuirão com a sua experiência na análise e avaliação dos riscos climáticos e na capacitação das partes interessadas. O projeto contará ainda com a participação de atores-chave, públicos e privados, e da comunidade local para elaboração dos planos.

A 15 de fevereiro realizou-se a reunião de início do Projeto PLAAC através de um encontro virtual onde estiveram presentes os parceiros do projeto e o Operador do Programa EEA Grants, Secretaria Geral do Ambiente. Nos próximos meses, o projeto será apresentado à sociedade civil e partes interessadas no âmbito de uma Conferência sobre Adaptação às Alterações Climáticas.

O PLAAC – Arrábida definirá e priorizará medidas de adaptação às alterações climáticas a curto, médio e longo prazo, criando ferramentas de apoio para a assistência à população e o ordenamento do território. Irá ainda sensibilizar e capacitar os técnicos municipais e a comunidade local e os atores com relevância estratégica, para os respetivos fenómenos e para a necessidade de promover os processos de adaptação locais.

O PLAAC – Arrábida encontra-se alinhado com as vulnerabilidades e medidas identificadas no Programa de Ação para Adaptação às Alterações Climáticas (P-3AC) e a Estratégia de Adaptação às Alterações Climáticas 2020 (ENAAC 2020), e segue as orientações metodológicas do Plano Metropolitano de Adaptação às Alterações Climáticas (PMAAC-AML), um estado da arte atual realizado à escala metropolitana, sendo necessário focá-lo para a escala municipal e integrá-lo no planeamento e ordenamento do território.

Com um orçamento global de 165 289 € e financiado em 90% pelo EEA Grants, o PLAAC – Arrábida será desenvolvido ao longo de 18 meses (até agosto de 2022).

Que são os EEA Grants?

Através do Acordo sobre o Espaço Económico Europeu (EEE), a Islândia, o Liechtenstein e a Noruega são parceiros no mercado interno com os Estados-Membros da União Europeia. Como forma de promover um contínuo e equilibrado reforço das relações económicas e comerciais, as partes do Acordo do EEE estabeleceram um Mecanismo Financeiro plurianual, conhecido como EEA Grants, através do qual a Islândia, o Liechtenstein e a Noruega apoiam financeiramente os Estados-Membros da União Europeia com maiores desvios da média europeia do PIB per capita, onde se inclui Portugal.

Os EEA Grants têm como objetivos reduzir as disparidades sociais e económicas na Europa e reforçar as relações bilaterais entre estes três países e os países beneficiários.
Para o período 2014-2021, foi acordada uma contribuição total de 2,8 mil milhões de euros para 15 países beneficiários. Portugal beneficiará de uma verba de 102,7 milhões de euros.

Setúbal, Sesimbra e Palmela preparam os seus territórios para enfrentar os desafios das alterações climáticas.

O território Arrábida, que engloba os concelhos de Palmela, Sesimbra e Setúbal, é extremamente vulnerável aos impactes das alterações climáticas devido às suas características geográficas e socioeconómicas. 

Com o intuito de preparar os seus territórios para enfrentar este desafio, as três Câmaras municipais participam num projeto, coordenado pela ENA – Agência de Energia e Ambiente da Arrábida, no âmbito do qual serão elaborados planos de adaptação climática à escala local, contribuindo para aumentar a resiliência e a capacidade de resposta destes municípios.

Este projeto PLAAC – Arrábida (Planos Locais de Adaptação às Alterações Climáticas) é financiado através do Programa Ambiente, Alterações Climáticas e Economia de Baixo Carbono do Mecanismo Financeiro EEA Grants 2014-2021, que promove a economia circular, a descarbonização da sociedade e a valorização do território e é operado em Portugal pela Secretaria Geral do Ambiente, do Ministério do Ambiente e Ação Climática.

Os três planos locais que resultarão deste projeto assumem-se como instrumentos fundamentais para preparar a comunidade a enfrentar os desafios das alterações climáticas. Com estes instrumentos, o território Arrábida criará condições para reduzir o risco climático, diminuir os eventuais impactos e promover a sua adaptação, identificando e caracterizando vulnerabilidades recentes, atuais e futuras do território, dos setores e da população.

Para o desenvolvimento destes Planos Locais de Adaptação às Alterações Climáticas, a ENA, na qualidade de promotor do projeto, conta com a parceria das Câmaras Municipais de Setúbal, Palmela e Sesimbra, que beneficiarão destes planos, bem como o Instituto de Geografia e Ordenamento do Território (IGOT, Universidade de Lisboa) e a Faculdade de Ciências e Tecnologia (FCT, Universidade Nova de Lisboa), que contribuirão com a sua experiência na análise e avaliação dos riscos climáticos e na capacitação das partes interessadas. O projeto contará ainda com a participação de atores-chave, públicos e privados, e da comunidade local para elaboração dos planos.

A 15 de fevereiro realizou-se a reunião de início do Projeto PLAAC através de um encontro virtual onde estiveram presentes os parceiros do projeto e o Operador do Programa EEA Grants, Secretaria Geral do Ambiente. Nos próximos meses, o projeto será apresentado à sociedade civil e partes interessadas no âmbito de uma Conferência sobre Adaptação às Alterações Climáticas.

O PLAAC – Arrábida definirá e priorizará medidas de adaptação às alterações climáticas a curto, médio e longo prazo, criando ferramentas de apoio para a assistência à população e o ordenamento do território. Irá ainda sensibilizar e capacitar os técnicos municipais e a comunidade local e os atores com relevância estratégica, para os respetivos fenómenos e para a necessidade de promover os processos de adaptação locais.

O PLAAC – Arrábida encontra-se alinhado com as vulnerabilidades e medidas identificadas no Programa de Ação para Adaptação às Alterações Climáticas (P-3AC) e a Estratégia de Adaptação às Alterações Climáticas 2020 (ENAAC 2020), e segue as orientações metodológicas do Plano Metropolitano de Adaptação às Alterações Climáticas (PMAAC-AML), um estado da arte atual realizado à escala metropolitana, sendo necessário focá-lo para a escala municipal e integrá-lo no planeamento e ordenamento do território.

Com um orçamento global de 165 289 € e financiado em 90% pelo EEA Grants, o PLAAC – Arrábida será desenvolvido ao longo de 18 meses (até agosto de 2022).

Setúbal, Sesimbra e Palmela preparam os seus territórios para enfrentar os desafios das alterações climáticas.

A ENA inicia o desenvolvimento de Planos Locais de Adaptação às Alterações Climáticas para os três municípios através de um projeto financiado pelo Programa Ambiente do Mecanismo Financeiro EEA Grants

O território Arrábida, que engloba os concelhos de Palmela, Sesimbra e Setúbal, é extremamente vulnerável aos impactes das alterações climáticas devido às suas características geográficas e socioeconómicas. Com o intuito de preparar os seus territórios para enfrentar este desafio, as três Câmaras municipais participam num projeto, coordenado pela ENA – Agência de Energia e Ambiente da Arrábida, no âmbito do qual serão elaborados planos de adaptação climática à escala local, contribuindo para aumentar a resiliência e a capacidade de resposta destes municípios. 

Este projeto PLAAC – Arrábida (Planos Locais de Adaptação às Alterações Climáticas) é financiado através do Programa Ambiente, Alterações Climáticas e Economia de Baixo Carbono do Mecanismo Financeiro EEA Grants 2014-2021, que promove a economia circular, a descarbonização da sociedade e a valorização do território e é operado em Portugal pela Secretaria Geral do Ambiente, do Ministério do Ambiente e Ação Climática. 

Os três planos locais que resultarão deste projeto assumem-se como instrumentos fundamentais para preparar a comunidade a enfrentar os desafios das alterações climáticas. Com estes instrumentos, o território Arrábida criará condições para reduzir o risco climático, diminuir os eventuais impactos e promover a sua adaptação, identificando e caracterizando vulnerabilidades recentes, atuais e futuras do território, dos setores e da população. 

Para o desenvolvimento destes Planos Locais de Adaptação às Alterações Climáticas, a ENA, na qualidade de promotor do projeto, conta com a parceria das Câmaras Municipais de Setúbal, Palmela e Sesimbra, que beneficiarão destes planos, bem como o Instituto de Geografia e Ordenamento do Território (IGOT, Universidade de Lisboa) e a Faculdade de Ciências e Tecnologia (FCT, Universidade Nova de Lisboa), que contribuirão com a sua experiência na análise e avaliação dos riscos climáticos e na capacitação das partes interessadas. O projeto contará ainda com a participação de atores-chave, públicos e privados, e da comunidade local para elaboração dos planos.

A 15 de fevereiro realizou-se a reunião de início do Projeto PLAAC através de um encontro virtual onde estiveram presentes os parceiros do projeto e o Operador do Programa EEA Grants, Secretaria Geral do Ambiente. Nos próximos meses, o projeto será apresentado à sociedade civil e partes interessadas no âmbito de uma Conferência sobre Adaptação às Alterações Climáticas. 

O PLAAC – Arrábida definirá e priorizará medidas de adaptação às alterações climáticas a curto, médio e longo prazo, criando ferramentas de apoio para a assistência à população e o ordenamento do território. Irá ainda sensibilizar e capacitar os técnicos municipais e a comunidade local e os atores com relevância estratégica, para os respetivos fenómenos e para a necessidade de promover os processos de adaptação locais.

O PLAAC – Arrábida encontra-se alinhado com as vulnerabilidades e medidas identificadas no Programa de Ação para Adaptação às Alterações Climáticas (P-3AC) e a Estratégia de Adaptação às Alterações Climáticas 2020 (ENAAC 2020), e segue as orientações metodológicas do Plano Metropolitano de Adaptação às Alterações Climáticas (PMAAC-AML), um estado da arte atual realizado à escala metropolitana, sendo necessário focá-lo para a escala municipal e integrá-lo no planeamento e ordenamento do território.

Com um orçamento global de 165 289 € e financiado em 90% pelo EEA Grants, o PLAAC – Arrábida será desenvolvido ao longo de 18 meses (até agosto de 2022). 

Que são os EEA Grants?

Através do Acordo sobre o Espaço Económico Europeu (EEE), a Islândia, o Liechtenstein e a Noruega são parceiros no mercado interno com os Estados-Membros da União Europeia. Como forma de promover um contínuo e equilibrado reforço das relações económicas e comerciais, as partes do Acordo do EEE estabeleceram um Mecanismo Financeiro plurianual, conhecido como EEA Grants, através do qual a Islândia, o Liechtenstein e a Noruega apoiam financeiramente os Estados-Membros da União Europeia com maiores desvios da média europeia do PIB per capita, onde se inclui Portugal.

Os EEA Grants têm como objetivos reduzir as disparidades sociais e económicas na Europa e reforçar as relações bilaterais entre estes três países e os países beneficiários. 

Para o período 2014-2021, foi acordada uma contribuição total de 2,8 mil milhões de euros para 15 países beneficiários. Portugal beneficiará de uma verba de 102,7 milhões de euros.

Saiba mais em eeagrants.gov.pt

Sesimbra, Setúbal e Palmela unidos pela proteção ambiental.

Os municípios de Setúbal, Sesimbra e Palmela vão ter, individualmente, planos que lhes irão permitir enfrentar de forma mais eficaz as alterações climáticas que já interferem ou podem vir a interferir no bem estar das respetivas populações e na preservação do seu património natural. O objetivo deste projeto, da responsabilidade da ENA – Agência de Energia e Ambiente da Arrábida, passa por encontrar solução que possam minorar problemas como a precipitação violenta, a erosão, ou as temperaturas excessivas.

Em declarações ao Semmais, a diretora executiva da ENA, Cristina Daniel, disse que o plano passa por, ao longo de 18 meses, traçar estratégias individuais para cada um dos municípios em causa e, posteriormente, aplicar cada um desses projetos no terreno. “Estes três municípios fazem parte de um consórcio constituído por seis entidades, onde se incluem também a agência, o Instituto de Geografia e Ordenamento do Território (IGOT), da Universidade de Lisboa, e a Faculdade de Ciências e Tecnologia (FCT), da Universidade Nova de Lisboa”, explicou.

Planos municipais visam proteger comunidades, paisagens e terrenos

Cristina Daniel esclareceu ainda que cada um dos três concelhos envolvidos no PLAAC – Planos Locais de Adaptação às Alterações Climáticas já identificou as vulnerabilidades existentes em termos ambientais. A partir de agora, e depois de elaborados os projetos, espera-se que o trabalho a desenvolver no terreno proteja não só as pessoas, como também os terrenos e a paisagem. “As transformações ambientais já existem e vão notar-se ainda mais no futuro, pelo que urge criar medidas para minorar e acautelar os previsíveis efeitos nefastos”, adiantou a mesma responsável.

“Com os novos instrumentos, o território da Arrábida irá criar condições para reduzir o risco climático, diminuir os eventuais impactos e promover a sua adaptação, através da identificação e caracterização das vulnerabilidades já detetadas, mas também das que venham a ser referenciadas”, disse ainda Cristina Daniel.

A diretora executiva da ENA afirmou também que o projeto envolve um montante superior a 165 mil euros, dos quais 90 por cento serão provenientes de comparticipações. Através de um acordo, países como a Noruega, Islândia e Liechtenstein tornam-se parceiros dos estados membros da União Europeia, apoiando financeiramente, através de um mecanismo plurianual (EEA Grants) um conjunto de países onde se inclui Portugal. Os EEA Grants, adiantou, tem como objetivo reduzir as disparidades sociais e económicas na Europa, assim como promover o reforço das relações bilaterais entre os três países promotores e as nações beneficiárias.

Em nota de imprensa, a ENA diz que, para o período compreendido entre 2014 e 2021, foi acordada uma contribuição total de 2,8 mil milhões de euros a distribuir por 15 países beneficiários, sendo que a Portugal cabem 102,7 milhões de euros.

Municípios da Arrábida vão ter planos de adaptação às alterações climáticas

Os municípios de Sesimbra, Palmela e Setúbal vão ter Planos Locais de Adaptação às Alterações Climáticas. Estes planos estão a ser elaborados em parceria com a Agência de Energia da Arrábida (ENA), no âmbito do projeto PLAAC - Arrábida, Planos Locais de Adaptação às Alterações Climáticas, coordenado por esta entidade, e deverão estar concluídos em agosto de 2022.

O PLAAC - Arrábida vai identificar e caracterizar vulnerabilidades recentes, atuais e futuras do território, dos setores e da população, com o objetivo de preparar os três concelhos para enfrentar os desafios das alterações climáticas e reduzir os impactes daí resultantes.

Vai também definir e priorizar medidas de adaptação às alterações climáticas a curto, médio e longo prazo, criar ferramentas de apoio ao ordenamento do território e assistência às populações e, ao mesmo tempo, capacitar os técnicos municipais, a comunidade e os atores com relevância estratégica para a necessidade de promover os processos de adaptação locais.

Para além da ENA e dos três municípios, estão envolvidos neste trabalho o Instituto de Geografia e Ordenamento do Território da Universidade de Lisboa, a Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa e várias entidades púbicas e privadas.

O investimento é de cerca de 165 mil euros, financiado em 90 por cento pelo EEA Grants, Mecanismo Financeiro plurianual, através do qual a Islândia, o Liechtenstein e a Noruega apoiam financeiramente os Estados membros da União Europeia com maiores desvios da média europeia do PIB per capita.

PROJECTO ESMARTCITY MONITORIZA CONSUMOS DE 29 EDIFÍCIOS PÚBLICOS PORTUGUESES

Em Portugal, o projecto europeu Esmartcity está a monitorizar os consumos energéticos de 29 edifícios públicos nos municípios de Setúbal, Palmela e Sesimbra. Através da análise dos dados recolhidos, o objectivo é tornar os edifícios “energeticamente mais eficientes”. Os resultados do projecto deverão ser, posteriormente, “replicáveis” para os restantes países da União Europeia (UE).

Estão a ser monitorizados quatro mercados municipais, cinco espaços culturais, três paços de concelho, três escritórios, sete escolas e bibliotecas e sete recintos desportivos. A recolha dos dados referentes ao consumo de energia em edifícios municipais está a ser feita com recurso a “sistemas inteligentes de monitorização” pela ENA – Agência de Energia e Ambiente da Arrábida, entidade responsável, em Portugal, pela coordenação do projecto Esmartcity – Enabling Smarter City in the MED area through Networking, realizado no âmbito do programa europeu de cooperação para a área do Mediterrâneo (Interreg MED). Iniciado em Fevereiro de 2018, a data de conclusão da iniciativa europeia está marcada para Julho deste ano.

O projecto conta com dez parceiros mediterrânicos e com um orçamento de 2,5 milhões de euros, provenientes do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER). Por cá, a monitorização dos consumos de energia de 29 edifícios públicos gera dados que são analisados e sistematizados pela ENA e, depois, reportados aos serviços municipais através de uma plataforma digital, para que estes possam planear intervenções “com base nas necessidades reais”.

A realização deste projecto piloto tem como objectivo, de acordo com a Agência de Energia e Ambiente da Arrábida, “tornar estes edifícios energeticamente mais eficientes”, diminuindo o impacto no ambiente e “melhorando a prestação de serviços aos cidadãos”. As reduções alcançadas no consumo e nos custos de energia “podem alcançar os 25%”. A análise dos dados recolhidos servirá para a “elaboração de perfis de consumo que irão contribuir para a optimização das soluções energéticas”, procurando soluções que, no final do projecto europeu, deverão ser “replicáveis” em Portugal e na UE.

Os “sistemas inteligentes de monitorização” instalados ao abrigo do Esmartcity vão permitir o optimizar e testar estratégias de gestão de energia, lê-se no Livro Verde para a Mudança da Política de Inovação, documento lançado no final de Março e que resultou das “lições aprendidas” a partir dos vários projectos piloto concretizados pelos dez parceiros europeus. Este livro “apresenta boas práticas de implementação das smart cities em toda a Europa e propõe recomendações políticas e estratégias de inovação”, em áreas como a digitalização ou dados abertos (open data).

Para além de Setúbal, Palmela e Sesimbra, o Esmartcity conta com a participação da região da Grécia Ocidental, Pescara e Milão (Itália), Sarajevo (Bósnia-Herzegovina), Lyon (França) e Agrón e Huétor Tájar (Espanha). No âmbito deste projecto, estão ainda a ser implementadas soluções tecnológicas em nove locais, procurando a redução dos consumos energéticos, a redução dos gastos públicos, a melhoria do conforto dos utilizadores dos edifícios integrados no piloto, a redução da poluição luminosa e a preservação da segurança nocturna.

Integrado no Interreg MED, o Esmartcity pretende apoiar, na região mediterrânica, o crescimento verde e o desenvolvimento sustentável, promovendo a inteligência urbana e o desenvolvimento e a implementação de soluções energeticamente eficientes.

Planos Locais de Adaptação às Alterações Climáticas vão colocar Arrábida na linha da frente no combate às alterações climáticas

A ENA (Agência de Energia e Ambiente da Arrábida) deu a conhecer, recentemente, o PLAAC-Arrábida, um projeto que tem como objetivo principal a elaboração de três Planos Locais de Adaptação às Alterações Climáticas, um para cada município do território Arrábida: Sesimbra, Setúbal e Palmela.

Com estes planos, a Agência pretende proporcionar aos três municípios e demais entidades da comunidade, conhecimento das vulnerabilidades e dos riscos atuais e futuros que o território enfrenta, identificar prioridades de intervenção, apoiar na avaliação da capacidade adaptativa do território, capacitar para a análise da informação, idealização e desenvolvimento de medidas que possibilitem aumentar a resiliência do território, pessoas e organizações, e a tomada de decisões conscientes.

Em entrevista à Ambiente Magazine, Sérgio Marcelino, presidente da ENA, refere que o PLAAC-Arrábida iniciou oficialmente no dia 15 de fevereiro e tem uma duração de 18 meses: “Estamos na fase de apresentação do projeto e do consórcio à comunidade, de envolvimento dos diversos parceiros locais, de caracterização da área de intervenção, o território Arrábida, nomeadamente cenarização bioclimática, sociocultural, económica e ecológica, de identificação e avaliação de riscos, impactes e vulnerabilidades”. De acordo com o responsável, a implementação do PLAAC-Arrábida baseia-se em seis conjuntos de atividades, dos quais se destacam a “caracterização da área de intervenção”, a “avaliação de impactes e de vulnerabilidades atuais e futuras”, a “construção da estratégia de adaptação e dos planos de ação” e a “capacitação das organizações locais”, que serão implementadas em diferentes períodos. Já a “gestão administrativa e a comunicação decorrem durante todo o tempo de vida do projeto”, acrescenta.

Sendo o “envolvimento dos parceiros locais um dos principais e mais importantes desafios ao bom desenvolvimento e sucesso do projeto”, Sérgio Marcelino declara que “a comunicação, a capacitação e a formação de técnicos e decisores das diversas organizações assumem especial relevância para que os Planos locais sejam realistas e concretizados a curto, médio prazo”. É por isso que ao longo do PLAAC-Arrábida o “diálogo” e a “partilha de informação” estarão sempre presentes: “Na divulgação através dos órgãos de imprensa local e regional, na dinamização de atividades comunicativas, como sejam os pequenos-almoços informativos com representantes dos meios de comunicação, nos Websites da ENA e das entidades do consórcio, nas redes sociais e eventos, em diversos suportes físicos e virtuais como sejam banda desenhada, para a divulgação dos planos entre os jovens em idade escolar, artigos e pósteres científicos”.

Relativamente às metas a considerar nos Planos de Adaptação, o presidente da ENA refere que estão ainda em “fase de definição”, uma vez que estão em curso a “caracterização, cenarização e avaliação de impactes e vulnerabilidades climáticas” que permitirão “identificar caminhos e conceber medidas que serão discutidas e avaliadas”, nomeadamente em termos de “custo-benefício”. Ainda assim, há medidas que inevitavelmente deverão constar dos planos: “Por exemplo, no que toca ao calor excessivo: sombreamentos. Relativamente à erosão: alimentação artificial, dunas artificiais, vegetação dunar. Em caso de cheias: bacias de retenção, entre outras a identificar”. Questionado sobre os principais riscos climáticos que estes três concelhos enfrentam, o presidente da ENA consta que a localização e orografia de Sesimbra, Setúbal e Palmela, apresentam riscos comuns, como é o caso dos “incêndios rurais ou florestais, calor excessivo e seca meteorológica”. E dadas as especificidades de cada um, há riscos que estão sujeitos apenas a Sesimbra, tais como a “erosão hídrica do solo”, a “instabilidade de vertentes”, as “inundações e galgamentos em litoral arenoso”, a “erosão e recuo de arribas e a tempestade de vento”. No caso de Palmela estes riscos passam ainda pelas “inundações estuarinas” e, em Setúbal pela “instabilidade de vertentes, as cheias fluviais rápidas, as inundações estuarinas, as inundações e galgamentos em litoral arenoso e a erosão e recuo de arribas”, atenta.

O presidente da ENA não tem dúvidas de que estes planos, “consistentes com a estratégia de desenvolvimento local e planos diretores municipais”, vão desempenhar um papel crucial na adaptação às alterações climáticas, nomeadamente por “envolverem diversos setores e agentes da comunidade na sua construção e implementação” e por “considerarem ações e intervenções que se baseiam na análise crítica do espaço e que envolvem não só questões legais e regulamentares”. A isto acresce ainda o “desenvolvimento e utilização do solo, questões institucionais, técnicas e sociais e utilização de recursos através dos quais as estruturas são implementadas e transformadas, contribuindo para a criação de paisagens e territórios mais resilientes”, destaca.

No combate às alterações climáticas, Sérgio Marcelino constata ainda que a “oportunidade de redução da poluição e dos efeitos do aquecimento global” está, essencialmente, nas infraestruturas adequadas, planeamento urbano e estratégias de mobilidade: “Municípios inteligentes em termos de clima podem reduzir as emissões de carbono e estimular o crescimento económico, uma vez que para além de possuírem capacidade e conhecimento para desenvolver um futuro de baixo carbono, é também do seu interesse”. Por outro lado, sustenta o presidente da ENA, os responsáveis municipais podem “implementar soluções específicas no contexto das alterações climáticas recorrendo a medidas diretas” como sejam “intervenções e investimento em matéria de mitigação, incentivos dirigidos a agentes da comunidade e cidadãos, liderando pelo exemplo”, dando origem a uma “cultura de sustentabilidade na utilização dos recursos”, garantindo que “todos são envolvidos”.

Olhando ainda para o papel dos municípios, Sérgio Marcelino acredita que os mesmos podem contribuir para a diminuição dos riscos associados às alterações climáticas enfrentados por cidadãos e empresas, mediante o “investimento na melhoria de infraestruturas e serviços” e do “desenvolvimento de políticas e incentivos que influenciam as ações de terceiros”. Desta forma, “o esforço de compreender e reduzir riscos e vulnerabilidades melhora a competitividade económica dos municípios”, além de que uns municípios serem “mais resilientes” do que outros pode torná-los “mais atrativos para o estabelecimento de empresas e o desenvolvimento de oportunidades de negócios”, constata. E os “benefícios” que as empresas trazem aos municípios, incluindo a “criação de empregos, receitas fiscais e serviços”, são impulsionadores dos municípios para “melhorar a sua resiliência às alterações climáticas”.

Apesar de ser já reconhecido o papel crucial que os municípios desempenham em matéria de desenvolvimento sustentável, há ainda desafios a enfrentar: “Os municípios necessitam de maior empoderamento e maior capacidade financeira, dado o seu papel indispensável na contenção das alterações climáticas”. Assim, o presidente da ENA defende a necessidade de se “criarem sinergias mutuamente benéficas” entre municípios, Governo, empresas e a sociedade civil, “enfrentando as ameaças” com uma “abordagem criativa e reforçando o papel das autoridades locais”. Um ano depois do início de uma pandemia que mudou os municípios, Sérgio Marcelino chama a atenção para importância de se perceber “O que é que estas transformações realmente significaram no contexto da mitigação e adaptação às alterações climáticas; Qual tem sido o papel da tecnologia e da inovação neste período; E quais são as principais mutações que continuarão a transformar as nossas cidades”. E nesta nova forma de estar, os municípios, o Governo, as empresas e a sociedade civil ganham protagonismo: as autoridades locais assumem a dianteira, promovendo “políticas que favorecem economias em rede e benefícios de escala em ambientes densamente povoados”; as empresas juntam-se ao processo, apostando na “alteração do modelo económico, tendo em conta critérios de circularidade”; e, por fim, a sociedade civil, “que é chamada a adaptar-se a novas realidades e em cujas mãos está a possibilidade de mudança de comportamentos e de tomada de decisões mais respeitadoras do ambiente que partilhamos”. Por outro lado, este processo só é possível, de acordo com o responsável, se se considerar as “novas tecnologias no processo produtivo, na prestação de serviços básicos como saúde, educação ou abastecimento de água e energia”, fazendo a “transição de negócios e empresas para um mundo digital” e “estimulando a aquisição de competências digitais e tecnológicas entre cidadãos”. Para o presidente da ENA, a questão não passa por “o que falta fazer para que os municípios sejam parceiros”, mas pelo “o que é necessário fazer para que a contenção e o combate às alterações climáticas seja uma realidade”. E neste combate, o Governo tem que estar na “linha da frente” e “criar condições para que as autarquias consigam responder aos desafios”, sendo que “não basta anunciar medidas”, alerta.

PORTUGAL VAI CONSEGUIR CUMPRIR COM AS METAS ÀS QUAIS ESTÁ COMPROMETIDO?

Mesmo que a adaptação seja essencial, as medidas adaptativas não reduzem as emissões de gases com efeito de estufa na atmosfera e, portanto, não restringem o problema a longo prazo. Esta situação desafia Portugal não apenas a adaptar-se às contrariedades atuais, mas também compelido a implementar medidas de mitigação para reduzir efetivamente os efeitos das alterações climáticas e cumprir as metas definidas. O efeito da pandemia foi especialmente duro com as camadas mais vulneráveis da população, pelo que devemos priorizar apoios a estratos da comunidade com baixos rendimentos, nomeadamente trabalhando no sentido de erradicar a pobreza nas suas mais diversas expressões, das quais destaco, pela temática da questão colocada, a pobreza energética, que decorre de outras situações de vulnerabilidade.

Financiado através do Programa “Ambiente” do EEA Grants, iniciativa criada pela Noruega, Liechtenstein e Islândia, o PLAAC-Arrábida conta assim com um consórcio liderado pela ENA e de que fazem parte as Câmaras Municipais de Sesimbra, Setúbal e Palmela, o Instituto de Geografia e Ordenamento do Território da Universidade de Lisboa (IGOT) e a Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa (FCT-Nova). O Orçamento total do projeto é 165 289,00 €, com financiamento de 90% pelo Programa “Ambiente” do EEA Grants e os restantes 10% garantidos pelas entidades que fazem parte do consórcio.