Os municípios de Setúbal, Sesimbra e Palmela uniram-se a Lisboa, Porto, Lousada e a mais de 200 câmaras municipais europeias na exigência de adopção de medidas de acção climática mais ambiciosas ao Conselho Europeu (CE). Numa carta aberta, enviada a 30 de Abril e assinada por líderes de cidades de 21 Estados-Membros da União Europeia (UE) e de sete países vizinhos, são exigidas medidas que visam a redução das emissões para metade, até 2030, e o alcançar da neutralidade carbónica até 2050.
Atingir o nível máximo de emissões de gases com efeito de estufa até 2020, reduzindo o seu valor para metade em 2030 e alcançando a neutralidade carbónica até 2050 - são estas as exigências de mais de 200 municípios europeus aos chefes de Estado da Europa e aos governos dos Estados-membros da UE.
Foi através da ENA - Agência de Energia e Ambiente da Arrábida, que Setúbal, Sesimbra e Palmela se uniram a mais de 200 outros municípios europeus e às cidades e vilas portuguesas de Porto, Lisboa e Lousada, num pedido por mais ambição na acção climática dentro do espaço comunitário europeu. A apresentação da carta aberta antecedeu a Conferência sobre o Futuro da Europa, que teve lugar na cidade romena de Sibiu, a 9 de Maio.
São mais de 200 municípios europeus, entre os quais estão as cidades de Paris (França), Londres (Reino Unido) ou Madrid (Espanha), a procurar metas de acção climática mais ambiciosas.
Entre as propostas, que visam o desenvolvimento de “uma estratégia climática europeia justa e inclusiva a longo prazo”, melhorando a “resiliência” das cidades, a carta aberta exige que o próprio orçamento a longo prazo da UE “elimine” os subsídios aos combustíveis fósseis e a integração da acção climática como “uma prioridade em todos os programas de financiamento”. O objectivo passa por “comprometer” todos os Estados-membros com uma estratégia europeia comum de longo prazo.
A carta aberta, datada de 30 de Abril, tem o apoio do grupo de cidades pela acção climática C40, que junta mais de 90 das maiores cidades do mundo e que Lisboa integra, mas também do Conselho dos Municípios e Regiões da Europa (CEMR), da EuroCities e da Energy Cities, entre outros.